Amarildo Alves de Souza foi vítima de um motociclista bêbado, em acidente de trânsito em abril de 2014, em Dourados. Desde então, ele depende de cuidados especiais e, como o dinheiro é pouco, o dia seguinte é sempre de incertezas.
O relato foi feito pela irmã dele, que lamenta o fato do condutor alcoolizado e sem habilitação ter escapado das garras da lei. O processo que cobra indenização do suspeito está em fase de recurso e não se sabe quando Amarildo terá direito a uma reparação financeira.
Enquanto isso, acrescenta a irmã, as despesas com alimentação especial, fraldas e outros itens continuam e são altas. A aposentadoria por invalidez do irmão não cobre os gastos.
O caso se torna mais dramático ainda pelo fato da mãe dele, que é também é muito doente cuidar dele.
‘’...nunca sabemos se vai ter fraldas para ele amanhã. Sua alimentação é liquidificada e custa caro. Nem sempre há condições para frutas, legumes e leite para alimentá- lo’’, desabafa a familiar.
‘’...temos que estar sempre fazendo almoços beneficente, rifas, pedindo doações para manter ele vivo’’, acrescentou a irmã.
Justiça
O processo contra o piloto bêbado e o dono da moto foi movido em novembro de 2014. Em novembro de 2019, uma magistrada condenou o piloto, mas ele recorreu, dizendo que Amarildo é que teve culpa em atravessar a rua.
Conforme é de praxe, os recursos demoram a tramitar na Justiça. Os réus chegaram a pedir que uma das audiências virtuais, em razão da pandemia, fosse cancelada.
A movimentação mais recente nesse processo é do dia 17 de novembro, quando um desembargador pediu vista do pedido de cancelamento da sessão virtual. A próxima análise da ação deve ocorrer em 1º de dezembro.
O telefone para informações sobre Amarildo é: (67) 9 9903-7675.