O secretário de Estado de Saúde Geraldo Resende disse, na tarde desta terça-feira (14) que o governo do Estado não é responsável pelo atraso no pagamento de salários dos trabalhadores do canteiro de obras do Hospital Regional de Três Lagoas.
Geraldo Resende confirmou que houve atraso no repasse de recursos para a Sial, empresa responsável pelas obras de construção do Hospital Regional de Três Lagoas. Mas isso se deveu à demora, pela empreiteira, na entrega de documentos à Secretaria de Estado de Infraestrutura de Mato Grosso do Sul (Seinfra) para a renovação do contrato com o governo do Estado.
“Houve um pequeno atraso porque o Estado não podia efetuar pagamentos, devido à cessação do contrato. A empresa demorou em entregar os documentos para a renovação e isso impediu o repasse dos recursos”, confirmou Geraldo Resende. A prorrogação do convênio somente foi publicada no Diário Oficial no último dia 6 de maio.
O secretário explicou ainda que foi efetuada uma medição na obra com data de 10 de maio, no valor de R$ 1.090.000,00, dos quais, R$ 537 mil são recursos oriundos do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e R$ 553 mil dos cofres do Tesouro Estadual.
O BNDES tem a prerrogativa de vistoriar o canteiro de obras para conferir a medição. “Após a medição, o Estado tem um prazo de 30 dias para efetuar o pagamento”, salienta Geraldo Resende, que informou ainda a existência de duas outras medições na Seinfra, para lançamento.
“Estamos tentando um contato com a empreiteira para construirmos a possibilidade de resolver o problema dos repasses dos trabalhadores com a maior brevidade possível, para que as obras sejam retomadas o quanto antes”, finalizou Geraldo Resende.
Paralisação
Segundo informações extraoficiais, um grupo de aproximadamente 100 operários resolveu entrar em greve na manhã desta terça-feira porque não teria recebido o pagamento de seus salários no quinto dia útil de maio, que caiu no dia 8 passado. Segundo essas informações, esses funcionários são contratados por uma empresa que é subcontratada da Sial – a qual não estaria efetuando os repasses há cerca de três meses.
“O governo tem um contrato com a empresa Sial e se esta não está honrando seus compromissos com suas subcontratadas, o Estado não é responsável por isso”, salientou Geraldo Resende. “Entramos em contato com a empreiteira, cobrando o pagamento dos salários dos trabalhadores com a maior brevidade possível, para que as obras sejam retomadas o quanto antes”, concluiu.