A Polícia Rodoviária Federal registra um acidente por dia, envolvendo animais silvestres, nas BR's 262 e 158, na região de Três Lagoas. Além do dano ao meio ambiente, há o risco de morte também para motoristas que trafegam nas vias.
Os dados também são coletados em hospitais e relato de testemunhas que presenciam as colisões.
Nesta semana, um caminhão que seguia de Água Clara para Três Lagoas atingiu uma anta que tentava atravessar a pista.
“Por sorte, o motorista não se feriu. Eu estava conduzindo um carro que seguia logo atrás e tive que jogar o veículo para o acostamento para não bater”, relatou o motorista Diego Alves ao JP News.
Ele conta que a frente do caminhão que atingiu a anta ficou completamente destruída. O fato ocorreu na BR-262, que liga Três Lagoas a Campo Grande, e que tem causado transtorno aos condutores pela precariedade. A pista está cheia de buracos, falta sinalização e acostamento. O índice de acidentes no trecho é alto, com intenso fluxo de caminhões que transportam madeiras para fábricas de celulose.
Até uma ambulância do Samu saiu da pista ao desviar de um tamanduá, quando saiu de Três Lagoas para buscar paciente em Água Clara.
Fuga de queimadas
O aumento nos casos de acidentes estão relacionados com o índice de queimadas, que faz os animais saírem da vegetação para fugir do fogo. O problema se intensifica nesse período, cuja seca aumenta a incidência de focos de incêndio.
Na BR-262 e na BR-158, que liga Três Lagoas aos municípios de Selvíria e Brasilândia, é possível encontrar diversas espécies de bichos. Existem capivaras, antas e emas. No entanto, o tamanduá é o animal mais atingido por motoristas nas rodovias.