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Interior

há 3 horas

Polícia ainda tenta identificar mãe de recém-nascido encontrado morto na lixeira em Corumbá

Menino foi encontrado em um amontoado de lixos no dia 17 de setembro deste ano

Quase três meses após encontrarem um recém-nascido morto em um amontoado de lixos, em Corumbá, a Polícia Civil ainda trabalha para tentar identificar a mãe. Exames genéticos e também periciais foram realizados para saber se o menino de aproximadamente 56 centímetros nasceu com vida ou se foi um aborto.

Segundo o delegado Fillipe Araújo Izidio Pereira, que comanda o caso, a mãe ainda não foi identificada, mas as investigações seguem em andamento.

O menino foi encontrado na Rua Geraldino Martins de Barros, em frente a Alameda São José, quase esquina com a Rua Colombo, na noite do dia 17 de setembro deste ano, em Corumbá.

Segundo boletim de ocorrência, o recém-nascido foi achado por um funcionário da empresa responsável pela coleta de lixo na cidade.

Ele relatou que ao recolher o lixo e colocar no caminhão da empresa, deixou cair uma sacola. Num primeiro momento, achou que fosse uma boneca enrolada em um pano de cor vermelha, porém, ao verificar, viu que era o feto de um menino.

Assustado, falou rapidamente com o motorista do caminhão, que de imediato acionou o encarregado da empresa informando o fato. Também falou com uma moradora, e logo em seguida equipes da Polícia Militar, da Perícia e Polícia Civil foram acionadas. O caso foi registrado como morte a esclarecer. 

Os investigadores tentam levantar informações com a prefeitura, conselho tutelar e hospitais da região, na tentativa de identificar mulheres que poderiam ser suspeitas de ter cometido o crime.

"Colhemos o material genético para a perícia e o laudo é importante para sabermos se foi um crime de autoabortamento, se a criança nasceu com vida, o que seria um infanticídio ou homicídio, dependendo do caso e se a mãe estava ou não em estado puerperal. Tínhamos uma suspeita, que compareceu à delegacia, mas a hipótese foi descartada", revelou o delegado na época.

Ainda conforme o delegado, as câmeras ajudaram a saber a hora que a criança já estava no local. "Aparentava ser recém-nascido, estava com sangue seco, com cordão umbilical e tinha material que o médico legista suspeita que seja a placenta. A dúvida maior é sabermos se ele nasceu por aborto ou com vida, pois aí muda a tipificação do crime", concluiu.

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