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Interior

31/01/2023 18:14

PM que matou mulher na frente do filho pega 32 anos de prisão em Paranaíba

Ele foi considerado semi-imputável e ainda vai perder o cargo na polícia

O policial militar ambiental, Lúcio Roberto Queiroz, foi condenado, nesta terça-feira (31), a 32 anos e oito meses de prisão, pela morte da ex-mulher e de um rapaz, que ele atribuiu como amante dela, em outubro de 2019, em Paranaíba. No entanto, laudo médico apontou que o réu seria semi-imputável. 

Lúcio, durante o processo, confessou que matou a mulher, Regianni Rodrigues de Araújo, e o corretor Fernando Enrique Freitas. Ele recebeu imagens que comprovaria um caso entre a esposa e Fernando e, irritado, matou os dois a tiros.

O crime foi cometido na frente de um dos filhos, à época com nove anos. 

Militar descobriu traição da esposa e a matou

Fernando e Regianni seriam amantes e foram mortos pelo policial. (Foto: Redes sociais)

Processo 

O julgamento ocorreu no fórum local e teve grande aparato de segurança. O Ministério Público Estadual denunciou o militar por duplo homicídio qualificado, em razão de motivo torpe e sem chances de defesa à vítima, além da qualificadora de feminicídio. 

Durante a sessão do Tribunal do Júri, foram ouvidas duas testemunhas, sendo duas de acusação e duas de defesa. O PM, no julgamento, chegou a pedir perdão aos parentes das vítimas, segundo o site RCN67. 

Apesar da denúncia, a qualificadora de feminicídio foi descartada. O PM, diz o site local, também foi condenado à perda do cargo e do poder familiar, sendo que terá de pagar R$ 30 mil para ascendentes e descendentes das vítimas. 

Lúcio Roberto vai iniciar a pena em regime fechado. Ele já estava recolhido no Presídio Militar em Campo Grande. 

Militar descobriu traição da esposa e a matou Julgamento teve grande esquema de seguraça. (Foto: Talita Matsushita - RCN67)

Laudo 

O julgamento deveria ser realizado em 2021. No entanto, foi remarcado, em razão de um laudo de insanidade mental, apresentado pela defesa. O atestado  relata que o policial possui perda parcial da compreensão da conduta ilícita e da capacidade de autodeterminação, sendo recomendado tratamento para controle dos impulsos e terapia. 

Tentamos contato com o advogado de Lúcio Roberto, José Roberto Rosa, mas não houve retorno. 


 

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