A Polícia Federal prendeu, nesta quinta-feira (23), em Corumbá, Celia Castedo Monasterio, boliviana, suspeita de envolvimento em fraude que causou a queda do avião da Chapecoense, em novembro de 2016.
Conforme o Diário Corumbaense, à época do acidente aéreo, Celia atuava no serviço de Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares de Navegação do país vizinho.
As investigações sobre a queda da aeronave mostram que a suspeita foi responsável pela análise e aprovação do plano de voo que levava o time brasileiro até a Colômbia.
‘’A boliviana era especialista em segurança de voo e, na ocasião, teria deixado, fraudulentamente, de observar os requisitos procedimentais mínimos para a aprovação do plano de voo da aeronave, eis que no programa apresentado, a autonomia de voo não era adequada para a viagem", disse a Polícia Federal em nota.
Refúgio
Celia conseguiu refúgio em Corumbá, já que alegou sofrer perseguição do presidente Evo Morales, após denunciar autoridades bolivianas. Porém, quando Morales foi derrubado do poder, ela retornou à terra natal, já sob a presidência de Jeanine Àñez.
No entanto, a então presidente da Bolívia foi presa e quem comanda o país vizinho é Luis Arce, do mesmo partido de Evo. Sendo assim, ela alegou perseguição e voltou a se refugiar em Corumbá.
Celia aguarda os trâmites burocráticos para ser extraditada para a Bolívia.