O pedreiro, Gabriel Matos da Silva, 28 anos, foi condenado a 32 anos de prisão, por tentar matar a ex-mulher a golpes de facão, em junho de 2020, em Costa Rica. Antes disso, ele estuprou a vítima várias vezes.
Conforme o processo, o casal estava separado há cerca de dois meses, após cinco anos de convívio. O agressor não aceitava o fim da relação e passou a ameaçar a ex-mulher.
Na denúncia do Ministério Público Estadual, consta que, em 16 e 17 de maio, o suspeito obrigou a ex-mulher a fazer sexo e a manteve em cárcere privado, com o objetivo de abusá-la sexualmente.
Ainda no mês de maio, a vítima já tinha medida protetiva, mas o criminoso não respeitou e cercava a ex-mulher, inclusive a impedindo de ter novos relacionamentos. Ele atraiu a vítima até a frente de um hospital na cidade, onde o filho deles estava internado, alegando que a criança precisava de mais roupas, pois seria transferido de unidade.
A polícia apurou que, naquela noite, o suspeito raptou a mulher e a levou para a saída da cidade e, sob ameaça, a estuprou novamente. Ele liberou a vítima e a ameaçou, caso avisasse a polícia.
Em 11 de junho, o criminoso invadiu a casa da ex-sogra e foi até o quarto onde a ex-mulher dormia com o filho e a atacou a golpes de facão. A criança que estava ao lado ficou banhada de sangue. Ela foi hospitalizada e passou por cirurgia para não perder os dedos da mão.
O criminoso fugiu, mas foi preso tempos depois, no Tocantins. Ele foi condenado e, ao calcular a pena, o juiz levou em consideração o fato do crime ser cometido pela condição da vítima ser do sexo feminino (Lei Maria da Penha), por motivo fútil, ao não aceitar o fim do casamento e meios que dificultaram a defesa dela.
Porém, a defesa alegou que a Defensoria Pública, que defendeu Gabriel até o julgamento, prestou defesa técnica deficitária e tenta anular a sentença do Tribunal do Júri.
No dia 15 de outubro, a defesa do pedreiro entrou com um pedido de habeas corpus. O pedido de liminar foi negado, mas o mérito do pedido ainda será julgado.