Proprietário rural, de 40 anos, denuncia que rios e fazendas na região de Rio Negro, em Mato Grosso do Sul, viraram um verdadeiro 'paraíso' para pescadores e caçadores ilegais. Ele conta que ouve tiros com frequência nas imediações e já alertou a Polícia Militar Ambiental sobre o caso.
O problema na região de fazendas como a São Carlos, Tarumã e Rincão da Colina teria começado há cerca de quatro anos. No local, diz o denunciante, a pesca é feita com tarrafas e anzóis de galhos, todos petrechos proibidos pela legislação.
A pesca ocorre em todas as épocas do ano, porém é mais intensa nos 'feriadões' como o Carnaval. Nos finais de semana 'normais' também acontece, mas bem menos.
''Agora, semana santa, vai ter muita gente por lá'', observa o produtor rural.
Em relação à fauna, o fazendeiro diz que há muita caça de jacaré e isso lhe causa muita indignação.
''To passando uma gastrite nervosa, pois sempre que vou para a fazenda eu ouço tiroteio", relata.
O homem destaca que, na região, havia uma fazenda grande que foi loteada e, com isso, surgiram propriedades pequenas, muitas com 20 e 30 hectares. Ele aponta que muitos rios são considerados nascedouros, como o Abobral e o Rio Vermelho, onde não deveria nem circular de barco.
Denúncia
O fazendeiro relata que falta fiscalização na região e que fez uma denúncia verbal à Polícia Militar Ambiental em Rio Negro para ver se há solução para o problema.
''Nunca vi uma batida policial aqui na região, nunca saiu prisão em jornal. Eles [caçadores] saem armados e aparentemente bêbados e drogados", finaliza.
Resposta
A PMA, por meio do tenente-coronel PM Queiroz, ponderou que regiões de assentamentos são complicadas. O oficial informou que a coorporação fiscaliza vários locais e sempre encontra vários tipos de crimes. Em uma das ações, diz o tenente-coronel, dois assentados foram presos por pesca ilegal (com redes) em Ivinhema.
Sobre a denúncia em questão, Queiroz prometeu verificar o caso, embora considere a denúncia ''genérica''. Ele conta que houve também várias fiscalizações à noite, em regiões semelhantes em razão de prováveis tiros, mas nada foi encontrado. Quando a PMA consegue informações de quem pratica atos criminosos, vai até o local onde moram os suspeitos e fazem a prisão.