A mulher, de 29 anos, esfaqueada e atropelada pelo ex-companheiro Carlos Eduardo da Silva, há dois anos em Sonora - a 360 quilômetros de Campo Grande, sofreu sequelas permanentes após o ataque.
O caso aconteceu em 2023, quando Carlos Eduardo, inconformado com o término do relacionamento, foi de encontro a ex-companheira e aproveitando-se do momento, atropelou a mulher e ainda esfaqueou antes de fugir.
Conforme a decisão que manteve a condenação de Carlos, a justiça explicou que as consequências do crime deixaram sequelas na vítima, além de dores neurológicas.
No texto consta que a vítima está com plexo patia braquial, que é uma lesão nos nervos do plexo braquial, que controlam os movimentos e a sensibilidade dos braços, ombros, mãos e antebraços. A mulher continua com paralisia do braço e a perda de mobilidade e força da mão esquerda, por conta do atropelamento e das facadas sofridas.
Inclusive, a Justiça de Mato Grosso do Sul levou em consideração esse ponto para manter a condenação de Carlos. "A valoração negativa das consequências do crime justifica-se quando o delito causa à vítima sequelas físicas permanentes e abalo psicológico duradouro, extrapolando o resultado típico da infração penal".
A decisão foi publicada no Diário da Justiça desta quarta-feira (9). Nele, aponta-se a decisão de manter a pena imposta, 14 anos em regime fechado, após julgamento pela consequência do crime, já que a vítima sofreu diversas sequelas, e o motivo fútil dele ter atacado a ex-companheira.
Na decisão do TJMS, consta também que ele foi condenado a pagar R$ 10 mil por danos morais para a vítima e a situação ficou mantida.