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Interior

há 2 anos

MP vai investigar douradenses que atacaram nordestinos após eleições

Após o resultado do primeiro turno ao cargo presidencial, uma página e um personal trainer de Dourados fizeram ataques racistas aos nordestinos

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul pediu que a Polícia Civil e a Polícia Federal investiguem a página do Facebook “Mídia Dourados” e o personal trainer que se autodenomina Vinícius FBS  por racismo contra nordestinos. Ambos teriam cometido ataques aos nordestinos após o primeiro turno das eleições, no último domingo (2).

Os ataques por diversos perfis espalhados no País começaram quando a região Nordeste deu ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votação superior no primeiro turno.

Ataques ocorridos em Dourados

O perfil "Mídia Dourados" tem 57 mil seguidores e após a apuração dos votos no primeiro turno das eleições, fez a publicação atacando os nordestinos: “depois vem pro Sul vender rede (sic)”.

O personal trainer que se autodenomina Vinícius FBS nas redes sociais, também de Dourados, fez outro post criminoso."Ê Nordeste, você ainda vai comer muita farinha com água pra não morrer de fome (sic)” e "O Nordeste merece voltar a carregar água em balde mesmo. Aí depois vem esse bando de 'cabeça redonda de bagre' procurar emprego nas cidades grande (sic)", foram algumas de suas publicações.

Casos serão investigados pelo MPE

Denuncias

Após as publicações, a página e o personal viraram alvos do MP. O procedimento obedece à solicitação do promotor de Justiça João Linhares.

Conforme o site Consultor Jurídico, o promotor afirmou que o racismo, em qualquer de suas formas, é uma prática intolerável e abominável, que viola princípios civilizatórios caros a todos e vulnera os pilares fundamentais de nossa Constituição.

"Aquele que externa preconceito contra algum grupo por causa de cor da pele, etnia, religião, preferência sexual, procedência nacional ou região do país, por exemplo, incorre no grave delito previsto no artigo 20 da Lei nº 7.716/1989 e, se o fizer pela imprensa ou redes sociais, a sanção passa a ser de dois a cinco anos de reclusão e multa, sem prejuízo da aplicação da reparação por danos morais coletivos."

Casos serão investigados pelo MPE

(Publicação do personal. Foto: Divulgação)

O promotor afirma que "nada, absolutamente nada, justifica o crime de racismo contra uma região do país, como parece ter ocorrido na espécie".

"Somos todos brasileiros irmanados na busca de um mundo melhor e nenhuma diferença pode colocar em xeque aquilo que nos forja como nação, como povo. O racismo há de ser veementemente repudiado e combatido, não só por imperativo constitucional, por força de tratados internacionais de que o Brasil é signatário, por exigência legal, mas também por dever humano, ético e cívico", afirmou o promotor.

O espaço está aberto caso a página Mídia Dourados ou o personal queiram se manifestar sobre a denúncia do MPE.

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