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Interior

17/07/2024 11:00

Menino autista é expulso de hotel, proibido de urinar e preso em Ponta Porã; pai em choque

Garoto sofreu tortura psicológica e desencadeou crises psicóticas

Menino de 10 anos, portador do Transtorno do Espectro Autista nível 3, foi expulso do Hotel Guarujá, impedido de urinar no estabelecimento e preso duas vezes, em Ponta Porã. O pai ficou revoltado e acionou as autoridades locais, pelo caso ocorrido em 24 de março. 

Marco Antônio do Nascimento gravou vídeo onde detalhou as denúncias. Ele é do Rio de Janeiro e estava na fronteira em razão de matrícula em um curso de medicina no Paraguai. O homem detalha que o filho tomava banho no hotel, quando um funcionário reclamou do barulho feito pela criança. 

Conforme registrado no Ministério Público Federal, o adulto desceu para o Hall [entrada] do hotel, onde não tinha hóspedes. Em seguida o dono do comércio surgiu e disse que eles estavam expulsos do local, devendo sair na hora do check in. 

''Meu filho ouviu que estava sendo expulso e teve um surto psicótico. Ele gritou e empurrou o sofá, mas não quebrou nada'', garantiu Marco Antônio, que é advogado. O dono do hotel chamou a Polícia Militar e quatro militares, diz a versão do pai, invadiram o quarto sem mandado judicial e prenderam o pequeno. 

Ainda segundo registrado, a criança foi levada para um hospital, onde teria ocorrido mais violência. 

''Eles ficaram aterrorizando meu filho, que só teve paz quando os policiais foram embora fazer o registro na delegacia'', lamentou o pai. Depois de medicado com remédios fortíssimos, a criança especial teve alta e foi levada ''grogue'' pelo pai para descansar no hotel. Uma viatura da Prefeitura de Ponta Porã, pedida pelo hospital, é que levou a família para a mesma hospedagem. 

De volta ao local, pai e dois filhos – o outro também é especial – se preparavam para sair. Antes mesmo do horário limite, um funcionário apresentou a nota fiscal e disse que o quarto que estavam já tinha sido alugado. O menino pediu para usar o banheiro, já que toma remédios fortíssimos, mas foi impedido. 

A criança estava apertada e entrou em crise novamente, enquanto Marco Antônio implorava para liberar o banheiro. Mas o dono teria indicado que era para urinar atrás do hotel, onde tem uma obra. O pai destacou que ensinou o filho a não urinar na rua, mas não houve acordo. 

O proprietário então acionou a Guarda Municipal, que deslocou duas viaturas e prenderam a criança e o irmão junto do pai. Os três foram levados ao hospital. 

''Na 'Sala Vermelha' os guardas invadiram e agarraram meu filho, desrespeitando os direitos da criança deficiente'', narrou o pai, que, na condição de advogado, pediu a prisão dos envolvidos no caso. 

''Não existe procedimento para entrar na Sala Vermelha... meu filho gritou 'papai me ajuda', complementou o homem. 

O hóspede acionou a assistente social e foi orientado a acionar a Associação dos Pais Autistas de Ponta Porã. O caso foi parar no Ministério Público Federal, que declinou da competência e encaminhou a denúncia para o MPE-MS. 

Hotel 

Em contato como o hotel, um gerente, que não quis se identificar, negou as denúncias. Ele disse que o hotel dispõe de todas as imagens de câmeras de segurança que mostram ''a realidade'' do caso. 

O responsável disse que foi ele mesmo que acionou a PM e GCMFron no objetivo de pedir ajuda por supostos maus-tratos do pai contra o filho, que estava em surto. O gerente também sugeriu que as denúncias do pai da criança são fruto de má-fé e que está aguardando os trâmites judiciais. 

O espaço está aberto para manifestação da Polícia Militar e Guarda Municipal. 

 


 

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