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Interior

08/08/2021 13:30

Melhor amiga de Elisiane lembra 'bons momentos' e diz ter nojo de assassino em MS

Marido confessou o crime e indicou local onde corpo estava em Chapadão do Sul

Uma jovem de 22 anos, que não quis se identificar, foi a melhor amiga de Elisiane Ferreira da Silva Alves, 39 anos, vítima de feminicídio em Chapadão do Sul. Ela lembrou dos bons momentos com a amiga. 

De acordo com o relato da jovem, ainda muito abalada, elas fizeram amizade logo que Elisiane chegou a Chapadão do Sul, há cerca de dois anos, vinda de Alagoas. Aliás, as duas das eram do mesmo estado. 

‘’A gente se divertia. Éramos parceiras e bebíamos juntas. Só vou ficar com lembranças boas’’, recorda a amiga. 

Os bons momentos vividos com Elisiane duraram até ela se casar. 

‘’Depois que ela casou, não nos víamos quase. Era difícil ver ela’’, comentou a moradora de Chapadão do Sul. 

No início, a amiga não acreditava que Elisiane seria vítima de feminicídio. Ela lembrou que a colega sumiu no domingo (1º). 

‘’Conforme o tempo foi passando, o desespero foi aumentando’’, relembra. Aliás, foi o telefone dessa mulher que foi disponibilizado nas redes sociais e na imprensa local para pegar informações, quando Elisiane ainda era dada como desaparecida. 

Elisiane foi morta pelo marido em Chapadão do Sul

Feminicídio

A amiga refletiu sobre a morte da amiga e de tantas outras mulheres, vítimas dos maridos ou ex-maridos. 

‘’É muita covardia. Ela era muito gente boa, não merecia passar por isso. Temos o mesmo direito que os homens. Eles não têm o direito de matar as mulheres’’, lamentou a amiga. 

O crime 

O marido de Elisiane, de 34 anos, confessou que matou a esposa, em Chapadão do Sul. A mulher estava desaparecida desde o domingo (1º). 

O crime foi descoberto porque o suspeito foi até a casa da irmã dele e do cunhado e contou sobre o assassinato.  Ao saber que seria denunciado, ele passou a ameaçar os dois. Mesmo assim, a polícia foi chamada.  

Quando os militares chegaram na casa, o suspeito foi conduzido até à delegacia para registrar o boletim de ameaça e acabou ‘soltando’ que tinha mais coisas para falar, porém que só diria na presença de advogados. 

Inicialmente, o criminoso disse que tinha sido forçado por outro homem a enterrar Elisiane. Ele levou os militares até o local e o corpo de Elisiane foi encontrado em avançado estado de decomposição e enrolado em um lençol. 

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