Os indígenas Walmir Júnior Savala, 36 anos e Sandra Arévalo Savala, 40 anos, foram absolvidos do crime de assassinato, em julgamento na noite desta quarta-feira (28). Eles eram réus por matarem os policiais civis Rodrigo Lorenzatto e Ronilson Magalhães Bartie, em 2006.
Conforme o Dourados News, o julgamento ocorreu em São Paulo. Sandra foi condenada apenas por lesão corporal (três anos e dois meses) contra Emerson José Gadani, policial que sobreviveu ao ataque no dia 1º de abril. O local do confronto se deu onde fica a Aldeia Passo Piraju, no Porto Cambira.
Ainda segundo o Dourados News, Walmir foi inocentado pelos votos de quatro jurados por homicídio e tentativa de homicídio do sobrevivente. Sandra pegou três anos, dois meses e 12 dias.
O advogado Maurício Rasslan, que defende a família dos policiais, disse que é inútil recorrer da decisão. Ele chegou a abandonar julgamento virtual após um procurador do MPF dizer que os réus haviam cometido um justiçamento contra os policiais civis.
O caso
Os policiais civis Rodrigo e Ronilson, que eram lotados no 1º DP de Dourados, sofreram emboscada dos indígenas no dia 1º de abril de 2006. O agente Emerson Gadani ficou gravemente ferido.
O site local trouxe que, o então superintendente da PCMS, Fernando Louzada, apontou o capitão Carlito de Oliveira, que liderava a turba, teria sido o líder da emboscada. No entanto ele foi ouvido em março de 2019 e foi absolvido pela Justiça Federal.
Na época o delegado superintendente da Polícia Civil, Fernando Louzada, disse que o capitão, Carlito de Oliveira, que comandava o grupo concentrado na região do Porto Cambira, teria sido o líder da emboscada preparada aos policiais, porém, ele foi absolvido em março de 2019 pela Justiça Federal.
Outros quatro, Paulino Lopes, Jair Aquino Fernandes, Ezequiel Valensuela e Lindomar Brites de Oliveira foram condenados à prisão em regime semiaberto na mesma época.