A família de Irma Braga, de 69 anos, corre contra o tempo para salvar a vida da idosa, que está internada em estado grave no Hospital Regional Dr. Estácio Muniz, em Aquidauana, cidade distante, 148 quilômetros de Campo Grande.
O neto de Irma, Talisson Braga, de 24 anos, disse ao TopMídiaNews que a avó foi hospitalizada na noite de ontem (5), por intoxicação, em Dois Irmãos do Buriti. Como o quadro se agravou, a idosa foi encaminhada para o Hospital de Aquidauana.
"Acontece que a minha avó está internada no corredor do hospital. As equipes estão se revezando para que ela possa respirar, uma vez que ela está no balão de oxigênio manual. E ela não tem como ficar e precisa ser transferida com urgência para Campo Grande", conta.
O técnico em Tecnologia da Informação ainda afirmou que, ontem, a idosa chegou a ter parada cardíaca, e está com infecção no pulmão, pâncreas e rins. "Nós temos uma decisão da Defensoria Pública que pede a transferência imediata para Campo Grande. Só que a Sesau diz que não tem vaga, e nós estamos desesperados".
O rapaz mora em Campo Grande, e a mãe e o irmão estão acompanhando a avó no Hospital em Aquidauana. "Eu cheguei até a falar por WhatsApp com o prefeito Marquinhos Trad. Ele disse que era o Estado que tinha que fazer, mas afirmou que iria tentar me ajudar".
Recomendação do MPE sobre a transferência da idosa. Foto: Reprodução.
Sesau
A reportagem encontrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde que informou o seguinte: "a paciente em questão é domiciliada no município de Dois Irmãos do Buriti e foi encaminhada para a Aquidauana apresentando um quadro de pneumonia e está sendo acompanhada por uma equipe do município de origem".
E afirma que "foi solicitada vaga em uma UTI e transferência para Campo Grande, no entanto não há previsão de liberação por parte do hospital. Apesar de ser um paciente do interior, a Central de Regulação está empenhada e em contato constante com os hospitais para tentar dar maior celeridade no processo de transferência", finaliza a nota.
A assessoria ainda afirmou que a família terá que aguardar a liberação de vaga em algum hospital de Campo Grande, algo que ainda não ocorreu, e mesmo que consiga, a unidade hospitalar terá que assegurar o transporte de uma UTI Móvel, porque o estado de saúde da idosa é bastante delicado.
Sobre a suposta determinação judicial, a assessoria explicou que não há uma determinação judicial, e sim, uma manifestação do Ministério Público Estadual recomendando a transferência.