Autoridades de Três Lagoas constataram cerca de 30 casos de trabalho infantil no período de um ano, na cidade. Crianças de nove a 17 anos eram exploradas em borracharias, feiras livres e bares.
Os flagrantes foram registrados por membros do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, o Peti, coordenado por Aline Silva Martins.
Martins explicou ao JP News, que ao receber a denúncia, a equipe tem de analisar o que é e o que não é trabalho infantil. Outro desafio apontado pela gestora é em relação aos trabalhos conhecidos como ''invisíveis'', ou seja, crianças e adolescentes que atuam dentro de casas, como babá, por exemplo.
Aline explica que, assim que identificado o trabalho infantil, o caso é encaminhado para o Centro de Referência Especializado de Assistência Social, que é responsável pelo atendimento junto a família. Este núcleo possui psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais.
Entre os fatores que preocupam as autoridades sobre o tema estão os danos físicos causados pelo trabalho de menores de idade. Em um dos casos, um garoto de 14 anos foi internado com queimadura nos olhos ao atuar como soldador.
O dia 12 de junho foi escolhido como Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil.