Antônio Barbosa da Silva, de 44 anos, foi condenado 16 anos e 15 dias de prisão depois de ter assassinado brutalmente a professora Gisyeli Arruda dos Santos, de 36 anos, conhecida como “Professara Gisa”, dentro da própria casa dela, madrugada do dia 07 de fevereiro de 2016 em Naviraí, município distante aproximadamente 350 quilômetros de Campo Grande.
A professora Gisyeli foi brutalmente assassinada com vários golpes de faca, sendo que um deles atingiu seu pescoço quase a degolando.
O julgamento de Antônio, segundo o site TaNaMídiaNaviraí, ocorreu na última terça-feira (12), perante Vara do Tribunal do Júri de Naviraí, onde ele foi condenado pela prática homicídio triplamente qualificado (Motivo torpe, pelo recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima e pela prática do crime contra a mulher, no contesto de violência doméstica).
Antônio, que após cometer o crime contra a professora Gisyeli, com quem ele tinha um relacionamento fugiu da cidade, e foi preso na tarde de 20 julho, do mesmo ano, no Paraguai. Ele abordado por agentes da Seção de Investigação de Delitos da Policia Nacional da cidade de Pedro Juan Caballero, na altura da Colônia Lorito Picada no departamento de Amambay na fronteira com Ponta Porã.
Ao ser abordado, Antônio que não estava portando seus documentos pessoais, foi encaminhado até sede de investigações, onde os agentes da polícia paraguaia, coordenado pelo subcomissário Oscar Acuña, em contato com os agentes da Polícia Civil de Naviraí, constataram que ele era procurado acusado pelo crime de homicídio contra a professora.
Durante o tempo em que Antônio ficou foragido no Paraguai a delegada Sayara juntamente com sua equipe trabalhou para apurar detalhadamente a autoria do crime, levantando provas para anexar no inquérito policial. “Ouvimos várias testemunhas, a equipe técnica de peritos criminais realizou um levantamento no local do crime fazendo uma dinâmica de como tudo aconteceu. Após ser preso e levado aqui para a delegacia Antônio foi interrogado e confessou com toda a frieza o crime, alegando que teria assassinado Gisyeli por ciúmes”, disse a delegada.
Além do mandado de prisão expedido pela Justiça de Naviraí, pelo assassinato da professora, Antônio tinha outro mandado de prisão expedito pela Justiça da cidade de Glória de Dourados, onde ele também é acusado de crime de violência doméstica contra uma mulher com quem ele convivia naquela cidade. Ele teria ameaçado a mulher de morte e após a vítima denunciá-lo, Antônio fugiu da cidade, indo para Naviraí, onde ele conheceu Gisyeli e passou a ter um caso amoroso com ela, até assassiná-la brutalmente.
Na manhã de domingo, dia 7 de Fevereiro, por volta das 9h, a Polícia Militar de Naviraí, foi acionada pela PM da cidade de Glória de Dourados, que receberam uma ligação via 190, onde um homem informava que teria cometido um assassinato, e que a vítima estaria dentro da residência, informando o endereço da mesma em Naviraí.
A Polícia Militar foi até ao endereço indicado e encontrou a residência com as portas fechadas, mas com a chave na fechadura do lado de fora. Os policiais militares passaram a chamar pela moradora do local, porém, não tiveram respostas.
Quando entraram na casa os policiais encontraram Gisyeli sobre sua cama, deitada de bruços, toda ensanguentada e coberta por um edredom. O Corpo de Bombeiros chegaram a ser acionados, no entanto, constataram que ela já estava sem vida.
Após cometer o crime, Antônio teria fugido em uma Honda/Biz, cor vermelha, placa HTE-8734, pertencente à vítima, e ao chegar na região de Glória de Dourados ele teria ligado para o 190 da PM e informado sobre o ocorrido. Gisyeli deixou um casal de filhos adolescentes.