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Interior

25/07/2023 07:00

Vítima de bullying, menino de 13 anos sonha com cirurgia nas mãos e pés em MS

Ele nasceu com Síndrome de Apert e tem os dedos das mãos e dos pés colados

Fátima Aparecida, de 57 anos, moradora no município de Aquidauana, luta para conseguir uma cirurgia para o filho de 13 anos, portador de síndrome de Apert, uma doença genética que causa a fusão dos ossos do crânio, das mãos e dos pés.

Ela conta que o menino nasceu com os dedos das mãos e dos pés colados, porém, devido aos problemas de saúde, os médicos não autorizaram que ele  fizesse a cirurgia para corrigir a deficiência quando ele ainda era pequeno.   

“Ele era muito pequeno, tinha muitos problemas de saúde, como a hidrocefalia, problema no coração, dentre outros. Aí os médicos recomendaram que ele não fizesse a cirurgia naquela época, porque corria o risco do menino adquirir outros problemas de saúde. Eu também tinha muito medo que ele fizesse essa cirurgia”, conta a mãe.

Com o passar do tempo, ele começou a estudar e, na escola, os colegas começaram a fazer brincadeiras preconceituosas (bullying). Ele começou a se entristecer até ao ponto de não querer mais estudar.

Agora com 13 anos, p menino pede todos os dias para que a mãe o ajude a conseguir uma cirurgia. A vergonha dos amigos está próxima ao insuportável.

“Ele me pede todos os dias para fazer um tratamento. Ele conta os meus dedos e sonha em, um dia, ter as mãos normais como as das outras pessoas. Ver ele triste, me corta o coração e eu acabo sofrendo junto com ele”, desabafa dona Fátima.

Fátima explica, ainda, que não tem condições financeiras para pagar uma cirurgia particular. Por isso, ela pede ajuda para conseguir o tratamento pelo SUS (Sistema Único de Saúde) ou que algum médico especialista em síndrome de Apert possa, de forma voluntária, ajudar o filho.

“Quero muito poder realizar o sonho do [meu filho], que é de conseguir fazer a cirurgia nas mãos e viver normalmente como as demais pessoas. Sei que não tenho condições e por isso peço ajuda de algum médico ou de pessoas que possam nos ajudar com essa cirurgia”, diz dona Fátima. 

Quem puder ajudar pode entrar em contato pelo (67) 9 9630-2754 (Fátima Aparecida).

Ao ser procurada para comentar a situação, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que "não há nenhuma solicitação aguardando agendamento para este paciente no sistema de regulação de Campo Grande. A instituição orienta que a família busque a unidade de referência no município de domicílio para fazer a atualização do quadro do paciente e, assim, dar continuidade no tratamento dele".

(Matéria atualizada para acréscimo da resposta da SESAU em 26/7 às 01h03)

 

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