A cidade mais carnavalesca do interior do Brasil mostrou sua força e sua irreverência na noite desta sexta-feira, com a descida do Bloco Cibalena, que há mais de 40 anos anima e traduz a folia pantaneira pelas ruas da cidade. O desfile do bloco, que arrastou mais de 25 mil pessoas, também fechou uma etapa do carnaval de Corumbá: a participação despretensiosa dos blocos sujos, sem se preocupar com cronometragem, apenas em alegrar a festa.
A partir deste sábado (2), começa a parte técnica, a disputa por décimos, entre blocos oficiais e escolas de samba. Uma rivalidade que se acirra na passarela de samba da Avenida General Rondon, onde a prefeitura, com o apoio do Governo do Estado, montou uma estrutura de camarotes, palco para shows com banda, arquibancadas e praça de alimentação. A cidade respira carnaval e recebe milhares de turistas, lotando a rede hoteleira.
Hoje é dia dos blocos oficiais. Onze agremiações entram na avenida, a partir das 20h, pela ordem: Oliveira Somos Nós, Águia da Vila, Afro Samba Reggae, Praia Bola e Cerveja, Flor de Abacate, Nação Zumbi, Bola Preta, Arthur Marinho, Os Intocáveis, Clube dos Cem e Vitória Régia. As dez escolas de samba desfilam no domingo e segunda-feira, em um grupo apenas, não havendo o critério de acesso e descesso, que será mantido para 2020.
Roda de samba
O carnaval corumbaense começou, efetivamente, no dia 17 de fevereiro, com a primeira roda de samba no Porto Geral. O evento, que será realizado neste sábado, reúne os principais ritmistas que integram as agremiações carnavalescas e atrai centenas de pessoas à beira do Rio Paraguai. A programação de hoje inclui ainda baile infantil, no distrito de Albuquerque, às 17h, e show no palco central, armado na Praça Generoso Ponce.
A descida do Bloco Cibalena levou um grande público na passarela do samba, de todas as idades. Com o forte calor, sem previsão de chuva, corumbaenses e turistas ocuparam as arquibancadas e camarotes aguardando a saída do bloco, que passou na avenida já nos primeiros minutos de sábado. Foi um desfile tranquilo, onde homens e mulheres se vestiam com muita criatividade e cumplicidade, sem preconceitos e discriminações.