Os vereadores Carlão (PSB) e Luiza Ribeiro (PT) abraçaram a vereadora Sumara Ferreira Leal (PDT), vítima de violência política em Cassilândia. A parlamentar esteve em Campo Grande onde reforçou a denúncia contra o presidente da Câmara cassilandense, Arthur Barbosa de Souza Filho (União Brasil).
Sumara ficou na plateia da Câmara de Campo Grande quando Luiza Ribeiro ocupou a mesa e repudiou a violência sofrida pela pedetista.
''Ela está aqui como símbolo, especialmente na política, para que a gente não se esqueça dessa violência sofrida e como nós não podemos suportar que isso prossiga'', discursou Ribeiro. A petista prometeu moção de repúdio contra Arthur Filho.
O advogado da vereadora do interior, Márcio Sousa, informou que a vereadora vai pedir a cassação do mandato de Arthur Souza Filho.
''Além disso, também tomaremos medidas no Ministério Público e outros órgãos'', anunciou Sousa.
O caso
A fala de Arthur Souza ocorreu em sessão do dia 11 de março, três dias após o 8 de Março, quando é celebrado o Dia Internacional da Mulher. O presidente da Câmara cortou o microfone da vereadora e sugeriu que ela usasse o corpo para trabalhar, assim como usa a língua.
A fala do presidente da Casa se deu ao final da sessão, quando ele parabenizou as mulheres que ele achava digno de receber a homenagem, com exceção de Sumara.
''Vocês sim são dignas de representação e de meu respeito como mulheres e [quero] dizer que se usasse o restante do corpo para trabalhar em prol da sociedade igual usa a língua para difamar, o município seria melhor'', disse o presidente.
O presidente Arthur Filho disse ter lamentado o ocorrido, garantiu não ter nada contra a colega e que as falas dele fora mal interpretadas.