Protesto iniciado pelo setor de transporte boliviano está fechando a fronteira entre o Brasil e a Bolívia entre as cidades de Corumbá e Puerto Quijarro. A ação acontece desde a terça-feira, 09 de janeiro. O fluxo de veículos está interrompido entre os dois países e a passagem de pessoas só é permitida a pé.
Em entrevista ao site Diário Corumbaense, Angél Saavedra, presidente da Associação de Transporte Pesado de Arroyo Concepción (distrito fronteiriço de Puerto Quijarro), disse que a medida visa pressionar o Governo Nacional para revogar artigos incluídos na Lei 1005 - Código de Sistema Penal e que afetam tanto o setor de transporte como o médico, classe essa que, em toda Bolívia, também vem se manifestando contra a legislação.
“Estamos apoiando a medida nacional do setor de transporte, porém não é um problema apenas dos motoristas de transporte pesado, mas de todos os bolivianos para que se revoguem uma lei do código penal”, afirmou Angél Saavedra.
Ainda conforme o site, o novo Código Penal Boliviano prevê em seu artigo 205 a penalização de médicos e funcionários do setor por práticas negligentes, sendo esse julgamento feito por um novo órgão regulamentador do governo. Já o artigo 137 aumenta as sanções por homicídio culposo durante condução de veículo, além de prever o ressarcimento de danos e outras providências.
O bloqueio não tem prazo para terminar, segundo o presidente da Associação de Transporte Pesado de Arroyo Concepción, que informou ainda que, no período da tarde, o movimento deve ser reforçado com a participação da classe médica e de integrantes dos Comitês Cívicos das cidades de Puerto Quijarro e Puerto Suárez.