Um brigadista a serviço do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o ICMBio, que atua na prevenção de incêndios no Pantanal de Mato Grosso, esclareceu que foi vítima de fake news, cometida por um de seus colegas de trabalho. Ao final da matéria, veja o vídeo da armação ou pelo menos da ''brincadeira de péssimo gosto''.
O suspeito da mentira gravou, de forma escondida, o colega ateando fogo em pequenas porções de vegetação, na reserva Ecológica de Tayamã, na região de Cáceres.
O ICMBio esclareceu que, a vítima da armação, realizava uma manobra de combate indireto aos incêndios florestais, conhecida como técnica de ‘’Queima de Expansão’’. O método consiste em queimar parte da vegetação – de forma muito bem controlada – a fim de que as chamas dos incêndios que ocorrem em outros locais não tenham o que consumir, caso cheguem ali.
‘’O controle dessa técnica exige pessoal treinado e experiente, pontos de ancoragem muito bem definidos e condições meteorológicas favoráveis para que o fogo não se alastre e inicie um novo incêndio. Todas essas condições foram obedecidas e a queima foi considerada um sucesso’’, detalhou a direção do ICMBio.
No entanto, o suspeito que gravou o vídeo, narrou de uma forma como se o brigadista estivesse colocando fogo de propósito e de forma descontrolada, a fim de piorar a situação na região, que já é caótica.
‘’Olha aí, os bridadistas, em vez de estarem apagando o fogo, estão colocando fogo’’, narrou o suspeito. A gravação caiu nas redes sociais e viralizou, dando a entender que o Instituto e seus brigadistas estariam cometendo crimes ambientais, em vez de combatê-los.
Repúdio
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, deu a mesma explicação que o ICMBio e considerou lamentável a atuação do brigadista que promoveu a fake news. Salles disse que ele deve sofrer um processo e ser exonerado.