Após diversos exames realizados na Fazenda Marca 7, em Ribas do Rio Pardo, ficou constatado que os 1.100 bovinos que morreram na região foram vítimas de botulismo. Os técnicos da ação em conjunta realizada por meio da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) com a SFA/MS/Mapa (Superintendência Federal de Agricultura em Mato Grosso do Sul), confirmaram a presença de toxinas botulínicas C e D, no milho que era dado ao rebanho.
Os técnicos destacam ainda, que não se trata de uma doença que pode contagiar outras fazendas, já que fica evidente que o incidente ocorreu por intoxicação alimentar. Mesmo assim, os profissionais solicitam que os donos de fazendas realizem uma inspeção, para evitar acidentes semelhantes.
O dono da fazenda estima um prejuízo de R$ 2 milhões com a morte dos animais. Todos os bois estão sendo enterrados na propriedade e não existe registro da doença nas propriedades vizinhas.
Botulismo
O botulismo ataca o sistema nervoso do animal provocando paralisia motora e o período de incubação é de uma semana a oito dias. A gravidade da doença está diretamente ligada à quantidade de toxinas que o animal ingeriu e pode ser dividia em quatro graus: Super aguda, Aguda, Subaguda e Crônica. Os principais sintomas são anorexia, falta de coordenação e ataxia.
No ser humano, a doença também ataca o sistema nervoso, podendo levar a morte conforme a quantidade de toxina expelida pela bactéria. Os principais sintomas no ser humano são visão dupla e embaçada, fotofobia (aversão à luz), ptose palpebral (queda da pálpebra), tonturas, boca seca, intestino preso e dificuldade para urinar.