A operação de retirada do barco que naufragou no rio Paraguai, em Corumbá, durante uma tempestade em outubro de 2021, enfim foi concluída, após 86 dias de intenso trabalho.

De acordo com o site Diário Corumbaense, 20 pessoas atuaram nos trabalhos durante os quase três meses.

Paulo Honda, responsável pelo estaleiro para onde o barco foi levado, contou ao jornal que o trabalho envolveu muitas complexidades, devido às características do rio no período da estiagem.

“O rio estar seco foi o maior problema, tivemos que arrastar o barco para baixo, fazer manobras para poder encostar e embarrancar ele e, daí, dar início ao trabalho de levantamento para flutuação. Agora, com a embarcação já fora do rio, só se pode aproveitar a parte do casco, pois a estrutura em si virou sucata, não dá para fazer nada. O motor dá para aproveitar também”, explicou.

Além disso, afirmou que não sabe o que os proprietários farão com a carcaça do barco, que ficou completamente destruído devido o tempo submerso na água.

"Pelo estado que está não se tem ideia ainda do que pode ser feito com ele. Em 20 anos, foi a primeira tragédia que vivencio, foi um acidente que assustou pela quantidade de vítimas”, completou."

Acidente

O barco de esporte e recreio Carcará, virou durante uma tempestade de areia e fuligem que atingiu Corumbá no dia 15 de outubro.

No momento do acidente, os ventos chegaram a 64 km/h. A embarcação tinha seis metros de altura e 23 metros de comprimento.

O barco estava a cinco quilômetros do Porto de Corumbá, com 21 pessoas. Dessas, sete acabaram morrendo, sendo cinco turistas de Goiás e dois tripulantes moradores da região.