O caso dos idosos Ávio Rodrigues Máximo, de 84 anos, e Celeste Vedoja, de 77 anos, assassinados a facadas em Coxim, sofreu uma reviravolta, em Coxim - distante 252 quilômetros de Campo Grande.
Dois adolescentes, de 15 e 16 anos, foram apontados como autores do crime.
Conforme o site Edição MS, os dois foram apreendidos pela Força Tática da Polícia Militar, no bairro Mendes Mourão.
Os policiais chegaram até os suspeitos depois que um deles gravou e enviou um áudio pelo WhatsApp, se gabando do crime.
Um informante encaminhou o conteúdo para um parente de policial da Força Tática, que começou a trabalhar no caso.
O adolescente de 15 anos, autor do áudio, ouviu o que tinha gravado. Ele acabou confessando a autoria e indicou o colega de 16 anos, como comparsa.
A polícia procura o comparsa, que teria trabalhado com Celeste e forneceu informações para os autores, como data de recebimento dos idosos.
O crime aconteceu por volta das 2 horas do último sábado (6), depois que eles saíram de uma festa, onde ingeriram bebidas alcoólicas e fizeram o uso de entorpecentes.
O adolescente apreendido contou que eles deixaram a festa, desceram a avenida Virgínia Ferreira de bicicleta, passaram pela Antônio João e entraram na rua das vítimas.
Ao invadirem a residência, os autores se depararam com Ávio sentado num sofá da varanda dos fundos, onde ele tinha o hábito de dormir.
Antes de esfaquear o idoso na nuca, os adolescentes o agrediram com pauladas e barra de ferro.
Em seguida, arrombaram a porta da cozinha e do quarto, matando Celeste com um golpe no pescoço.
Após a morte dos dois, eles começaram a revirar o local. Eles deixaram a casa destruída. Tombaram móveis, além de arrancarem gavetas e portas em busca de dinheiro ou objetos de valores.
Foto: Sheila Forato
Eles encontraram apenas R$ 20,00 e aproveitaram para roubar alguns cosméticos. Em seguida, foram para casa.
Os policiais localizaram parte das roupas usadas pelos adolescentes e um chinelo, compatível com uma pisada deixada numa das poças de sangue das vítimas.
A mãe de um dos adolescentes também foi encaminhada para a delegacia de Polícia Civil, pois teria queimado a camiseta do filho, toda suja de sangue.
Ela pode ser presa por ocultar provas, considerado um crime.
Vale lembrar que poucas horas depois do crime, a Polícia Civil chegou a prender um suspeito. Antônio Evaristo de Macedo, de 58 anos, o Martelo, recebia abrigo e alimentação das vítimas e como tinha tido uma discussão recente com Ávio foi apontado como suspeito.
Apesar de ter várias passagens pela polícia, ele negava o crime, desde que foi preso. Com as confissões, Martelo deve deixar a cadeia.