O Partido dos Trabalhadores em Aquidauana anunciou, nesta quinta-feira (31), que decidiu afastar um dirigente da legenda, acusado de abusar da afilhada, por, pelo menos, quatro anos. O caso foi descoberto no início de dezembro, quando a vítima teve uma crise de pânico ao ver o suspeito, que é professor na cidade. 

Conforme o partido, em razão de ser um crime sexual e envolvendo menores de idade, o nome do suspeito não foi divulgado. O diretório se reuniu, de forma extraordinária, e optou por afastar o membro até que todas as investigações e trâmites judiciais sejam concluídos. 

‘’Caso o denunciado seja apontado como culpado, informamos que as providências por parte deste partido serão tomadas pela exclusão do acusado do quadro de filiados do Partido’’, traz um post do perfil de um membro do PT no Facebook. 

O caso

Os crimes do professor e dirigente partidário vieram à tona quando a vítima, que hoje mora em Campo Grande, foi passar um final de semana na casa da mãe, em Aquidauana. Lá, ela voltou a encontrar o criminoso que é amigo de confiança e de longa data da família. Ela teve uma crise de pânico e a amiga dela resolveu contar o segredo para a mãe. 

Segundo as denúncias, os abusos começaram quando ela tinha 8 anos. Em razão dos ataques, a vítima sofreu depressão, teve crises e tentou suicídio por várias vezes. Nessas ocasiões, diz ela, quem a levava para o hospital era justamente o agressor, tamanha a confiança que a família depositava nele. 

A garota abusada detalhou que chegou a se masculinizar, na tentativa que o agressor perdesse o desejo por ela, mas isso não teria adiantado. 

A irmã da vítima, que tem 15 anos, também revelou ter sido abusada. O caso já chegou à Delegacia da Mulher em Aquidauana.