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In Memoriam

há 1 mês

Amigos negam que mãe assassinada pelo filho era alcoólatra: 'trabalhadora, o menino se perdeu'

Segundo moradores próximas, a mãe não era o "monstro" pintado por terceiros no local, e fazia de tudo pelo filho usuário de drogas

Em defesa da memória de Regina Fátima Monteiro de Arruda, 52 anos, vizinhas e amigas da vítima negaram informações de terceiros que apontavam a mulher como alcoólatra e agressora do filho de 16 anos que assassinou a vítima a facadas na madrugada deste domingo (6), no bairro Zé Pereira.

Pelas redes sociais, quem teve contato e convivia com Regina pode dizer o quanto a mulher era trabalhadora e se esforçava pelo filho usuário de drogas.

"Conhecia ela mulher trabalhadora, guerreira e honesta, ela era cliente nossa fazia de tudo pelo filho, nada justifica fazer o que ele fez. Ele era usuário de droga, ela não era alcoólatra, era uma cidadã como gente que trabalha", disse uma conhecida.

Outra vizinha próxima também confirmou que Regina era pessoa do bem. "Minha vizinha muito trabalhadora, o filho que se perdeu nas drogas. Muito triste", comentou a mulher.

"Tem que ter justiça. Matou, tem que pagar, não é porque é menor não tem que ir para cadeia. Não é porque é menor que tem direito de tirar a vida da própria mãe com tanta crueldade", expressou outro morador.

 

Caso chocou moradores da região

Depois de ser capturado, voltando a cena do crime, o adolescente de 16 anos pode detalhar como pegou a mãe desprevenida, ainda dormindo e cometeu o crime com crueldade.

Segundo informações da delegada Cyntia Gomes, o menor confessou o crime no momento da apreensão e contou que estava bebendo com amigos e voltou para casa por volta de 4h da manhã e que começou a esfaquear a mãe enquanto ela ainda dormia.

Regina levou a primeira facada no pescoço, quando acordou com outros os golpes e tentou se defender, momento em que os dois começaram a brigar e a mulher a gritar muito. 

Durante o crime, a faca quebrou e então o adolescente usou pedras e pedaços de vidro para agredir a mãe. Ela tentou se defender, ficando com lesões nos braços e mãos, mas, infelizmente, não resistiu e morreu no local. 

Testemunhas contam que, por volta de 5h, ouviram gritos da mulher e acionaram a polícia. Chegando no local, os militares não encontraram ninguém e nem ouviram nenhuma briga, então foram embora. 

Pouco tempo depois, preocupada, outra vizinha acionou a polícia e pediu para que os militares invadissem a casa. Os policiais pularam a grade do portão e encontraram a mulher, já morta, caída em um dos cômodos e a casa toda suja de sangue.

A vítima foi encontrada com um pedaço de vidro cravado no pescoço, o vidro seria de uma porta que se quebrou durante a luta dos dois. 

O adolescente fugiu após o crime, mas foi apreendido horas depois quando voltou a casa e tentou pular o muro, momento em que a polícia deu voz de prisão e levou o jovem para a delegacia. 

Ele deve responder pelo crime e ficar apreendido na Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude) em virtude de ser menor de idade. 

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