Tudo ainda é saudade e lembranças. Seu olhar, seu sorriso, seu jeitinho de menino e suas manias. Detalhes vivos, que estão na memória de amigos, familiares e pessoas que conviveram com Guilherme Faustino Henrique de Oliveira, de 12 anos.

O menino morreu após ser arrastado por uma enxurrada no último dia 25 de fevereiro, em Chapadão do Sul, a 331 quilômetros de Campo Grande.

Nas redes sociais, mensagens compartilhadas de coleguinhas de época de escolinha e também adultos que o acompanharam desde a infância, quando ainda era apenas um bebê.

“A tia amou cuidar de você Gui, brilha aí de cima. Agora você é luz meu pequeno”, comentou uma conhecida.

Em um depoimento bastante emocionado, Islani Oliveira Queiroz Lopes fez questão de homenagear o garoto, com os detalhes de quando ainda ele era um bebezinho.

Meu amor da tia, lembro de você bebezinho ainda nos braços da tia lá na creche. Meu menino meigo que gostava de chupar o dedo em meu colo. Aquele menino ciumento que não deixava ninguém ir no meu colo e que chorava quando sua mãe chegava para lhe buscar porque você queria ficar com a tia. A mãe leoa né era assim que sua mãe era, na verdade sempre foi assim com vocês.

Foram 10 anos desde o berçário até o quinto ano estudando com sua amiga Sarah, e hoje fomos pegos de surpresa com esta tragédia, a Sarah se desesperou está sem entender nada, mas ela orou e está orando. 

Sei que você agora não pode ler essa mensagem, mas eu quero te homenagear por todo amor, carinho e respeito que você sempre teve comigo. Meu filho de outra mãe, estou sem reação, estou em choque, tá doendo, mas não como a dor da sua mamãe e da sua família e de sua irmã e do seu irmão, mas tá doendo e vai doer pra sempre. Me perdoe por não ir me despedir de você, mas é que a tia está gestante e tem medo de passar mal, e nossas lembranças será de você dengoso comigo e eu te ensinando a ser birrento. Me despedir de você hoje tá sendo a pior dor do mundo, me despeço em lágrimas. Eu te amo meu amor. Para sempre o Gui da tia.
 

Morte

Era final da tarde de sábado, quando Guilherme foi arrastado pela correnteza, por cerca de  1.500 metros e caiu em uma galeria de águas pluviais.  Populares saíram em socorro e percorreram o trajeto por onde o adolescente foi levado. 

Segundo O Correio News, o menino foi achado no canal, na Avenida Rio de Janeiro, desmaiado. O Corpo de Bombeiros foi acionado e socorreu o menino ainda vivo. No entanto, apesar das manobras de ressuscitação na ambulância, o pequeno chegou sem vida ao hospital.