Alma de criança, um sorriso no rosto, querido por todos e muito prestativo, é essa a lembrança que Elizabeth Pereira dos Santos, 51 anos, vai carregar do seu marido, o policial militar Álvaro dos Santos Prates, 58 anos, que morreu em um acidente na noite desta sexta-feira (6), na Avenida Nasri Siufi, no bairro Tijuca, em Campo Grande.
Em uma conversa bastante emocionante por telefone com a nossa reportagem, a esposa lembrou dos melhores momentos que teve com seu companheiro, no qual estavam juntos há 15 anos, sendo 13 anos casados e tinham um filho, fruto do relacionamento.
Elizabeth classificou o policial como um profissional exemplar, sempre muito amigo de todo mundo, prestativo e tirava do dele para ajudar os colegas que estavam em situações "mais complicadas", seja financeiramente ou precisando de algum apoio.
"Pessoa querida por todo mundo, bom pai, bom marido", disse a esposa. Para ela, a melhor lembrança vai ser a última viagem que eles fizeram em família, há cerca de dois anos, quando viajaram para Fortaleza e por lá registraram os melhores momentos entre eles.
O acidente impossibilitou que ela e seu marido fizesse uma nova viagem, porque eles estavam planejando tirar um descanso no Paraná.
Elizabeth também aproveitou para dizer que seu marido ficou com uma alma de criança, porque após se aposentar do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, no qual ele dedicou 35 anos de sua vida, ele passou a fazer coisas que muitas crianças fariam.
"Soltar era seu divertimento. As crianças ficavam esperando ele, sempre gritavam 'o policial, policial, vamos soltar pipa'", contou a companheira. Além de aproveitar o período de aposentadoria, Álvaro Prates ocupava seu tempo malhando, tomando tereré e brincava com outras crianças e seus filhos no videogame.
O caso
Consta no boletim de ocorrência, que o ciclista vinha pela rua Imbirussu, mas ao tentar atravessar o cruzamento de uma das vias mais movimentadas da região do Tijuca, ele não teria olhado corretamente para os lados e avançado para a ciclovia.
No entanto, antes que pudesse chegar foi atingido pelo motociclista que vinha na Avenida Dr. Nasri Siufi, no sentido do centro para o bairro e não teve tempo hábil para desviar ou frear, colidindo diretamente com a vítima e ambos indo diretamente ao solo.
As vítimas ficaram morreram no local. Ainda de acordo com as informações, os corpos teriam sido arremessados, tanto que a moto do sargento teria parado vários metros a frente do primeiro impacto.
O caso foi registrado como acidente de trânsito com vítima fatal provocado pela própria vítima e praticar homicídio culposo na direção do veículo automotor na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol.