A morte de João Carlos Olegário da Silva não foi bem aceita entre amigos e conhecidos, que contestam a versão da Polícia Militar e alegam que apesar do passado - em relação ao assassinato do policial militar aposentado Otacílio de Oliveira -, ele estava mudado, criando uma família e construindo uma nova vida em Três Lagoas - a 326 quilômetros de Campo Grande.
O confronto aconteceu durante a noite de segunda-feira (5), quando os militares deram voz de abordagem ao suspeito que não teria gostado da aproximação policial, sacando uma arma e apontado em direção à equipe, que prontamente revidou e efetuou disparos diante a ameaça, neutralizando o perigo e desarmando o indivíduo.
Ele foi socorrido com vida, mas morreu assim que deu entrada no Hospital Auxiliadora. Para amigos, "a troca de tiros nunca existiu", enquanto para algumas pessoas, isso se trata de "a lei do retorno".
Nas redes sociais, muitas mensagens foram apresentadas. "Não acredito que você se foi neguinho, covardia. Deus te coloque em um bom lugar, vou sempre lembrar de você alegre, sorridente, que era assim que você era", disse uma amiga.
Publicações com fotos de João Carlos também foram vistas em perfis de amigos, que deixaram mensagens carinhosas ao morto. "Poxa amigo, não estou acreditando. Estávamos conversando semana passada sobre os processos da vida, você estava tão feliz, contando os dias para a liberdade. Que Deus te receba de braços abertos, só que te conhece sabe que você foi uma boa pessoa".
"A gente se falava todos os dias e você sempre pregando a palavra de Deus para mim, você tinha mudado tanto, sempre me ajudava, não acredito nisso. Eu prometo cuidar da sua mãe, como vocês cuidaram de mim, quando minha mãezinha se foi", escreveu uma amiga.
Outros passaram a contestar a versão apresentada. "Que mentira tudo isso, um absurdo toda vez a mesma conversa, troca de tiros. Quem conhecia ele, sabe muito bem que ele nunca iria fazer uma burrice dessa".