Independente da filha que levava, Jennifer Gimenes Monserroti, de 22 anos, compartilhava nas redes sociais o amor que sentia pelas filhas pequenas. A jovem foi assassinada a tiros, por Eurílio Ferreira de Andrade, de 61 anos, na tarde de domingo (23), em uma fazenda em São Gabriel do Oeste — a 168 quilômetros de Campo Grande (MS).
No Facebook Jennifer compartilhava vídeos e fotos das duas filhas e se declarava para as meninas. "Duas gordinhas que a mamãe é apaixonada", escreveu em uma das fotos das pequenas.
Em outro momento materno, Jennifer escreve sobre o amor que a menina a fez sentir. "Te amo tanto minha princesa, você é a luz na minha vida e quem me ensinou o sentido do amor", declarou para a primogênita.
Com a repercussão do crime contra a jovem e a amiga de 27 anos, que levou um tiro de raspão na testa, as despedidas de amigos e força a outra vítima hospitalizada ganhou compartilhamentos. Pedidos de justiça contra o autor do crime também são feitos nas redes.
"Tamanha covardia, que Deus te receba de braços abertos", disse uma amiga sobre a morte de Jennifer. "Justiça", pediu outra amiga.
Briga por pensão
A mulher de 27 anos, que estava com Jennifer e sobreviveu ao atentado, tem uma filha com Eurílio. Segundo informado pela Polícia Civil, o caseiro não teria registrado o nome dele na certidão de nascimento da menina. E a cobrança da pensão teria ocasionado o desentendimento que gerou o atentado.
Ela levou um tiro durante uma discussão entre os 3. Para escapar, a vítima se fingiu de morta enquanto Eurílio foi atrás de Jennifer e atirou contra a jovem.
O corpo de Jennifer foi carregado em uma carriola até uma área próxima a uma cachoeira na fazenda. Ao retornar ao local, Andrade percebeu que a outra jovem havia fugido e conseguido socorro em uma propriedade vizinha.
O idoso ligou para o genro logo após o crime, confessando ter assassinado Jennifer. Ele tentou se esconder em uma propriedade a cerca de 50 quilômetros do local do crime, mas foi localizado e preso em flagrante pela polícia e responderá pelos crimes de feminicídio, tentativa de feminicídio, ocultação de cadáver, fraude processual e até violência doméstica.
A sobrevivente está internada em estado grave em um hospital em Campo Grande.