O ex-deputado estadual, Ary Rigo, falecido nesta quinta-feira (30), aos 75 anos, em Campo Grande, teve longa carreira política em MS. Foram seis mandatos na Assembleia Legislativa, marcados por escândalos de corrupção.
Rigo era gaúcho de Passo Fundo e se radicou em Mato Grosso do Sul. Ele carregou a marca de ser o primeiro-secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa e também foi presidente da Casa de Leis.
Dois seis mandatos de deputado estadual, quatro foram conseguidos com o PTB e dois com o PDT.
Escândalos
Rigo, sem saber, foi gravado em junho de 2010, pelo então secretário de Governo de Dourados, Eleandro Passaia, com auxílio da Polícia Federal. No vídeo, Ary revela um esquema de corrupção no primeiro governo André Puccinelli. No teor da gravação, o ex-deputado conta que participava de esquema de pagamento de propinas a membros do MPE e desembargadores, a fim de não serem denunciados.
O dinheiro pago a autoridades, conforme exposto na Operação Uragano, seria a sobra do duodécimo da Alems, que era devolvida para o Governo do Estado. Um dos maiores envolvidos no caso foi o ex-prefeito de Dourados, Ari Artuzi, morto em 2013.
Detran
Rigo também foi alvo da Operação Antivirus, do Gaeco, que investigou esquema de corrupção em contratos do Detran-MS com empresas de informática.
À época, em 2017, Rigo e outras 11 pessoas foram presas e dezenas de mandados de busca e apreensão cumpridos.
O ex-deputado estava internado no Hospital da Unimed, desde o dia 25 de setembro, e morreu após complicações por uma queda em casa