“Fazer o bem sem olhar a quem”. O ditado é bem conhecido e virou lema de vida para Edson de Assis, ou melhor “seu Edson”, 77 anos, figura histórica da região das Moreninhas, em Campo Grande.
Quem conta a história dele é um companheiro de longa data, o vereador Zé da Farmácia. “Eu conheci o Edson em 88, logo quando cheguei”, começa...
Seu Edson virou estrela. Estava internado por complicações de problemas renais e cardíacos. A família aguarda também o resultado do teste de covid-19. Mas a realidade é cruel, ele se foi, deixa saudades.
Segundo Zé da Farmácia, Seu Edson pode ser considerado um homem vivido, experimentou diversas profissões. Quando se conheceram, o amigo era guarda da escola Arlindo Sampaio Jorge. “Nessa época, ele ganhou o apelido de Guarda Belo, era o Belo”, lembra.
Depois, passou a ser vigilante em uma empresa de transporte de valores, vendedor de laranja e melancia, corretor de imóveis e até changueiro, como eram conhecidos rapazes contratados para carga e descarga de caminhões.
Até que abriu uma garaparia na rua da feira. O pequeno trailer prosperou, ele ampliou e transformou em um bar muito conhecido na região.
“Foi um homem sempre alegre, carismático, um dos primeiros moradores do bairro. Toda a família foi criada no bairro, uma pessoa ímpar”, descreve Zé da Farmácia.
Seu Edson deixa seis filhos e a esposa dona Cida. Mas não só isso, deixa a lembrança de um homem batalhador e a lição de que o amor não diminui, só se multiplica.