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Saudade que fica

02/01/2021 07:00

Cláudia perdeu companheiro de vida e lembra com saudade dos tempos felizes

Cláudia foi casada por 32 anos com Camilo, ou mestre da cerâmica, como ele gostava de ser chamado, que morreu de covid

“Menina, como eu amo esse homem, sem dimensão e sem explicação... éramos muito felizes”. A declaração é da designer de interiores, Cláudia Jussara da Silva Omido, 50 anos, que perdeu o marido Marcos Camilo dos Santos Omido, 53 anos,  para covid-19, em Campo Grande.

Cláudia conta que foi casada por 32 anos com Camilo, ou mestre da cerâmica, como ele gostava de ser chamado. 

Cláudia foi casada por 32 anos com Camilo ou mestre da cerâmica, como ele gostava de ser chamado, que morreu de covid-há 10 dias

“Ele adorava ser chamado assim porque temos duas lojas de pisos, sempre foi uma pessoa sensata e de coração bom, ajudava muitas pessoas, conselheiro, amigo, prestativo, um maridão e um paizão também”, relembra. 

Camilo começou a ficar febril no dia 8 de novembro e, logo que teve os sintomas, começou o protocolo de tratamento da doença. Depois de 6 dias, a confirmação veio através de exames. 

“Fez tomografia, onde deu comprometimento grande do pulmão, acrescentaram outros remédios, e dia 19 de novembro precisou ser internado com a respiração ruim. Falávamos por videochamada e seguimos crendo que tudo daria certo, pois estava hospitalizado e com certeza os medicamentos ajudariam na sua recuperação, mas foi o inverso, ele não melhorou e teve que ser entubado dia 26 de novembro, último dia que falei com ele e que nos enviou um vídeo, autorizado pelo hospital”, pontua. 

Depois disso, os dias foram de tristeza e angústia para Cláudia, família e amigos. 

“Foram 32 dias hospitalizados. Dias de muita angústia, tensão e muita tristeza... A distância nos destruiu, sem poder ver, tocar e nem mesmo se aproximar... é uma doença maldita, veio pra afastar as pessoas, isolar todos de quem amamos”, desabafa. 

Cláudia foi casada por 32 anos com Camilo ou mestre da cerâmica, como ele gostava de ser chamado, que morreu de covid-há 10 dias

Desde a perda, a rotina de Cláudia tem sido de choro e tristeza. 

“Confiando sempre em Deus para que o conforto chegue em nossos corações... A alegria dele era marcante, muito responsável, amava o seu trabalho e um carinho extremo com a família e amigos... Ele tinha um lema e sempre em todas as ocasiões nós brindávamos e ele dizia ...eeeeeeeee...VIVA A VIDA!!!!”, esse era o grito de guerra da empresa”, lembra saudosa. 

Cláudia destaca que a alegria, os conselhos e a fé em Deus e devoção à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro serão as maiores saudades do seu companheiro de vida. 

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