O assassinato de Fábio Messias de Oliveira, aos 40 anos, ocorrido em 6 de março, comoveu muitos moradores de Naviraí. Muitos reconheceram que a vítima tinha problemas, mas que não fazia mal a ninguém. 

''Só fazia mal a ele mesmo'', disse um homem, ao comentar a morte do amigo, na rede social. O internauta não entrou em detalhes, mas sabe-se que Fábio era usuário de drogas e estava em situação de rua. 

Messias era filho do ex-vereador da cidade, Benedito Messias, do PSD. Conforme as redes sociais dele, se dizia tratorista e chegou a ocupar um cargo na prefeitura local. 

''Foi meu amigo na época de escola... Deus te receba na Glória'', escreveu uma mulher.

Outro homem lembrou de momentos juntos. ''Morei de frente a casa dele. Era meu amigo, comia no mesmo prato que eu comia'', lamentou.

Um participante do Facebook ressaltou que Fábio Messias enfrentava problemas, mas que não cabem julgamentos. 

''Era uma boa pessoa. Tinha seus problemas... mas quem não tiver, atire a primeira pedra'', disse o morador, que lembrou ter tido a satisfação de ser colega de trabalho de Fábio.

Uma mulher reforçou a ideia que a vida da vítima passava por turbulências. 

''...falei com ele esses dias... estava muito triste por uma situação...que Deus o tenha em um bom lugar'', refletiu. 

O crime 

Fábio, que morava na rua, foi abordado por um suspeito, a bordo de uma moto, no pátio de uma empresa, no centro de Naviraí. O vigilante do prédio disse que viu o suspeito passar pelo local – na contramão – e logo depois ouviu um tiro. 

Conforme o Tá Na Mídia Naviraí, o segurança destacou que, uma pessoa passou correndo em direção ao pátio do núcleo de limpeza, perseguido por outra pessoa. Novamente ele teria ouvido mais quatro disparos de arma de fogo.

Ao ver o que estava acontecendo, o trabalhador encontrou Fábio caído em meio à poça de sangue e acionou o Corpo de Bombeiros e Polícia Militar.

Suspeita

Uma mulher, que segundo os sites locais, foi identificada apenas como ''Lucimar'', se apresentou à polícia, no dia seguinte e teria confessado o crime. 

A suspeita, que estava junto de um advogado, disse que cometeu o crime, porque era ameaçada por Fábio. A mulher foi ouvida e liberada, em razão da falta de flagrante e ter se apresentado espontaneamente.