Horas após a Procuradoria-Geral da Venezuela pedir a prisão de Edmundo González, nesta segunda-feira (2/9), um tribunal da Venezuela acatou o pedido e ordenou a prisão do ex-diplomata opositor de Nicolás Maduro. A decisão foi divulgada pelo Ministério Público do país, em uma publicação no Instagram.
“O tribunal de primeira instância em funções de controle a nível nacional concorda com um mandado de prisão contra Edmundo González Urrutia por crimes graves”, disse o MP, que também compartilhou uma cópia do pedido de detenção.
Edmundo González, que disputou as eleições presidenciais de julho por uma coligação de oposição, é acusado de crimes como usurpação de funções de autoridades, incitação a atividades ilegais e falsificação de documentos oficiais.
O ex-diplomata de 75 anos foi intimado pelo Ministério Público três vezes para prestar esclarecimentos sobre o pleito, mas se recusou a comparecer ao órgão controlado pelo regime chavista.
Desde a divulgação da vitória de Maduro, tanto a oposição quanto a comunidade internacional têm questionado a legitimidade das eleições do último dia 28 de julho.
Apesar de declarar a reeleição do herdeiro político de Hugo Chávez, autoridades venezuelanas não publicaram as atas eleitorais que poderiam atestar, ou não, a vitória de Maduro nas urnas. Com isso, parte diversos países e blocos como a União Europeia se recusaram a reconhecer o líder chavista como o novo presidente da Venezuela.