Ausente de reunião ministerial do presidente da República, Jair Bolsonaro, nesta terça-feira (9), o vice-presidente Hamilton Mourão reagiu e disse que não estava incomodado com a suposta exclusão.
Segundo o G1, as relações entre presidente e vice ficaram mais estremecidas, quando vazou áudio de um assessor de Mourão, que cogitava com a assessoria de um deputado federal, a possibilidade de Hamilton Mourão se tornar presidente após impeachment de Bolsonaro.
Na reunião, além do presidente, estavam 22 dos 23 ministros (Fábio Faria, das Comunicações está em viagem) e não constou na agenda oficial da Presidência da República, só na de alguns ministros.
Ausência
As reuniões mensais do presidente com os membros do governo ocorrem mensalmente, desde o início da gestão. Mourão sempre participava, sentando-se ao lado direito de Bolsonaro, ainda segundo o G1.
Porém, desde o começo deste ano, Mourão deixou de frequentar as reuniões. Em janeiro, estava afastado, com Covid-19. Agora, não foi chamado. Fotos da reunião desta terça mostram o espaço vazio onde Mourão costuma ficar.
O vice passou a manhã no gabinete, localizado em um dos anexos do Palácio do Planalto. Ao retornar do almoço, Mourão foi questionado pela reportagem se tinha sido convidado para reunião.
“Não fui convidado. Não fui chamado. Então, acredito que o presidente julgou que era desnecessária minha presença. Só isso”, disse o vice. Questionado se está incomodado com a situação, respondeu: “Não”.
À tarde, em resposta a questionamento do G1, a Secretaria de Comunicação da Presidência afirmou: ‘’...conforme confirmamos mais cedo, a reunião era com ministros e não de conselho. Por isso, o VPR não foi convidado".
Bolsonaro não tem escondido a irritação com seu vice. Um dos episódios recentes que gerou desgaste foi a fala de Mourão, em entrevista a uma rádio, sobre uma possível saída do chanceler Ernesto Araújo
Bolsonaro não gostou, negou a saída e reclamou do "palpiteiro", em referência a Mourão.