Um dos presos suspeitos de participar do homicídio de Ariane de Oliveira, 18 anos, fez publicações nas redes sociais dias após o crime.
Segundo o delegado do caso, Marcos Gomes, Jeferson Cavalcante Rodrigues, 22 anos, agiu “como se nada tivesse acontecido”.
Três jovens foram presos e uma adolescente apreendida alvos das investigações, em Goiânia.
As informações foram divulgadas pelo G1.
Além de Jeferson, também são suspeitos do crime uma adolescente de 16 anos, que não teve o nome divulgado, Raíssa Nunes Borges, 19 anos, e Enzo Jacomini Carneiro Matos, 18, que usa o nome de Freya.
Todos estão detidos na Delegacia de Capturas.
“Continuaram tranquilos, postando nas redes sociais todos os dias, como se nada tivesse acontecido”.
Em uma das publicações feitas por Jeferson e registradas pelas investigações, o suspeito afirma que se sente atraído pelo “charme de distúrbios e problemas psicoemocionais”.
O tema é recorrente entre o grupo porque, também segundo as investigações, Raíssa queria saber se era psicopata e a adolescente apreendida pode ter sugerido que a amiga matasse alguém para descobrir se de fato tinha o transtorno.
Apesar das suspeitas de possíveis transtornos de personalidade, o delegado ressaltou que só um laudo médico pode indicar o que de fato se passa com os investigados.
Homicídio
O delegado Marcos explicou como o grupo se organizou para cometer o crime dentro de um carro.
Ao G1, ele contou que Jeferson ficou responsável por levar o carro, forrar o porta-malas com sacos de lixo (para levar o corpo até o local onde ele seria deixado) e providenciar as facas.
Depois, eles colocaram uma música sobre homicídio para tocar durante o passeio e, em um dado momento, o motorista estalou os dedos, o que a Polícia Civil descobriu que era a indicação para Ariane ser morta.
Segundo o delegado, primeiro Enzo enforcou a vítima, depois ela foi esfaqueada - a suspeita é de que a adolescente deu o primeiro golpe e Raíssa o segundo.
As investigações apontaram que, em seguida, o corpo da vítima foi colocado no porta-malas do carro e deixado em uma mata - Jeferson foi flagrado caminhando pela região na noite do crime.
Ainda conforme as investigações, o grupo saiu para lanchar logo após o crime e depois continuou convivendo normalmente.