A maioria dos ministros da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal negou recurso de procuradores da Força-Tarefa da Lava Jato e garantiu que a defesa de Lula continue tendo acesso às mensagens roubadas de celulares de autoridades.
Segundo o G1, ao STF, a força-tarefa da Lava Jato defendeu que não há comprovação de que o material é legítimo, e argumenta que pode ter havido adulterações e edições das cópias — o que tornaria a prova "imprestável" — e que a perícia realizada na operação Spooging não atestou a autenticidade das mensagens.
O relator da ação foi o ministro Ricardo Lewandowski, que negou o pedido dos procuradores. Ele foi seguido pelos ministros Nunes Marques, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes. Edson Fachin foi o único a votar a favor do recurso.
As conversas entre membros da Lava Jato e outras autoridades estavam nos celulares e computadores de hackers, que foram alvos da Operação Spoofing, da Polícia Federal.
Em dezembro de 2020, Lewandowski decidiu que a defesa de Lula tivesse acesso às mensagens.
Os advogados do petista pretendem usar essas mensagens no julgamento da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, que deve ser julgado em breve pelo plenário do STF. Entre as condenações do petista na Lava Jato estão o sítio de Atibaia e o Triplex do Guarujá.