Ao menos 70% dos 1,4 mil funcionários (980) do setor da enfermagem da Santa Casa de Campo Grande, maior hospital de Mato Grosso do Sul, cruzam os braços na segunda-feira (28), em protesto ao atraso do 13º salário, que deveria ser pago no dia 20 do mês passado. O ato começa às 12h30.  

Durante o manifesto, os trabalhadores definem se entram em greve enquanto dinheiro não cair na conta, informou Lázaro Santana, presidente do Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de MS).

Santana disse que, no dia 20 de dezembro, data limite para o pagamento do 13º, o comando da Santa Casa informou que ia depositar somente 60% dos salários e que os 40% restantes seriam quitados em três parcelas.

“Nós não concordamos com a proposta. Todos os anos somos prejudicados. A Santa Casa culpa a prefeitura e o governo estadual por atrasos em repasses. E nós ficamos no meio desse bangue-bangue”, queixou-se o sindicalista.

Lázaro Santana, presidente do Siems (foto Wesley Ortiz/Arquivo)

Lázaro disse que a categoria soube que a prefeitura vai repassar R$ 10 milhões para o hospital no dia 28, segunda, justo no dia do manifesto. E o governo estadual também deve depositar R$ 4 milhões nas contas do hospital daqui uns.

Ainda assim, disse o sindicalista, a direção do hospital informou que a quantia não é suficiente para quitar de vez o 13º dos trabalhadores.

“O hospital tem o ano inteiro para programar o 13º e agora diz que não tem dinheiro, por isso é que vamos definir se entramos ou não em greve por tempo indeterminado. É claro que apostamos numa negociação”, afirmou o sindicalista.

O salário do setor da enfermagem varia de R$ 1,3 mil a R$ 4,1 mil.