O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta sexta-feira (25), que aqueles que o acusarem de corrupção, irão se dar mal. Ele se refere às suspeitas de superfaturamento de compras da vacina indiana Covaxin. 

Bolsonaro cumpre agenda em Sorocaba, interior paulista e na ocasião foi grosseiro com jornalistas, quando perguntado sobre o mesmo assunto. 

“Olha, o contrato... não tem nada de errado nele. Não há superfaturamento, é mentira... não foi gasto um centavo com a Covaxin,. Vocês querem me julgar por corrupção? Vão se dar mal! Eu sou incorruptível, além de imbrochável. Vou levar porrada a vida toda e sou imbrochável’’, declarou o presidente. 

As acusações de superfaturamento da Covaxin foram feitas pelo deputado federal, Luis Miranda e o irmão dele, Luis Ricardo Miranda. Eles garantem que alertaram o presidente sobre situações de corrupção envolvendo a aquisição das doses. 

Bolsonaro voltou a negar qualquer tipo de crime. 

“O próprio laboratório indiano fala que o preço tá na média dos outros três países que tinham contrato com eles. Vocês querem imputar a mim um crime de corrupção, [com algo em] que não foi gasto um centavo. Porque estamos há dois anos e meio sem corrupção, porque temos órgãos que funcionam, como, por exemplo, a CGU”, prosseguiu Bolsonaro, em entrevista à imprensa nesta sexta, segundo o Metrópoles. 

O presidente da República ficou em silêncio sobre o assunto desde que surgiu a polêmica. Ele admitiu que recebeu Luis Miranda, no mês de março. 

“No dia seguinte, pelo que fiquei sabendo, era um documento que tava feito de forma equivocada, faltava um zero lá, de 300 mil doses eram 3 milhões, foi corrigido no dia seguinte. Há quatro meses, eu falei com ele [Luis Miranda], no passado, foi lá e falou um montão de coisa, como recebo de uma infinidade de pessoas que eu não conheço, 99% eu não conheço. Tem algum recibo meu pra ele? Foi consumado o ato?”, questionou.