Agentes da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam, na manhã desta terça-feira (2), quatro suspeitos de integrar organização criminosa especializada em furto de petróleo diretamente de dutos da Transpetro/Petrobras.
As informações são do G1. São cumpridos cinco mandados de prisão e 14 de busca e apreensão.
Ainda segundo divulgado, um dos alvos da ação é um capitão da Polícia Militar, Marcelo Queiroz dos Anjos, que não foi localizado e já é considerado foragido.
Ele seria um dos líderes do esquema.
Além disso, Walmir Aparecido Marin, denunciado pelo Ministério Público e empresário do município de Rolândia, no Paraná, já havia sido preso em 2020 na operação Sete Capitães II.
Ele era o responsável por levar o combustível furtado até o interior do Paraná.
GIlson Cunha Júnior, que também era responsável por coordenar o transporte do combustível até o receptador, foi um dos presos na operação. O prejuízo com as perfurações realizadas pela organização criminosa é de aproximadamente R$ 2 milhões.
Desde 2015, foram 259 incidentes registrados de tentativas ou furtos consumados de combustível em dutos da Petrobras.
As investigações duraram seis meses, iniciando-se após uma perfuração de dutos da Transpetro no município de Guapimirim em junho de 2020.
Os agentes também identificaram perfurações para furto de petróleo em Nova Iguaçu e em Queimados, também na Baixada Fluminense.
Nestes municípios, foram furtados, respectivamente, 47 mil litros e 21 mil litros de petróleo, totalizando 169, 5 mil litros do combustível em três roubos diferentes.
Em Queimados, os criminosos chegaram a construir um túnel subterrâneo para acessar o duto e também alugaram uma retroescavadeira para abertura de uma via de acesso para caminhões tanque para retirar o petróleo.
Os mandados são cumpridos no Rio, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense e Itaboraí, Região Metropolitana. Também são cumpridas ordens de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
De acordo com as investigações, o petróleo subtraído no Rio de Janeiro era transportado para a cidade de Rolândia (Paraná), para adulteração e revenda.
A ação é comandada por agentes da DDSD e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).