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30/01/2019 07:35

Polícia Federal nega ida de Lula ao velório do irmão

O superintendente da PF levou em consideração a indisponibilidade do transporte aéreo e falta de efetivo para garantir a ordem pública no local

O superintendente da Polícia Federal no Paraná, Luciano Flores de Lima, indeferiu na noite desta terça-feira, 29, o pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comparecer ao velório do irmão, Genival Inácio da Silva, o Vavá, em São Bernardo do Campo (SP).

Em ofício à juíza Carolina Lebbos, da Vara de Execuções Penais, o delegado levou em consideração a "indisponibilidade do transporte aéreo em tempo hábil para a chegada do ex-presidente Lula antes do final dos ritos post mortem de seu irmão".

"Caso fosse disponibilizadas tanto aeronaves de asa fixa quanto rotativas necessárias, a distância entre o ponto mais provável de pouso de helicóptero e o local dos atos fúnebres é de aproximadamente 2 km, percurso que teria que ser feito por meio terrestre, o que potencializa os riscos já identificados e demanda um controle e interrupção de vias nas redondezas", diz Flores de Lima no ofício.

O delegado ainda ressaltou "a ausência de policiais disponíveis tanto da PF quanto da PC e PM/SP para garantir a ordem pública e a incolumidade tanto do ex-presidente quanto dos policiais e pessoas ao seu redor". Flores de Lima levou em consideração também "as perturbações à tranquilidade da cerimônia fúnebre que será causado por todo o aparato que seria necessário reunir para levar o ex-presidente até o local".

"INDEFIRO o pedido administrativo formulado pelo advogado de Luiz Inácio Lula da Silva, que se encontra recolhido nesta Superintendência da PF em Curitiba/PR, não sendo possível ser autorizado ou viabilizado pela PF o comparecimento ao velório de seu irmão em São Bernardo do Campo/SP", diz o ofício.

O sepultamento do irmão do ex-presidente está previsto para acontecer na manhã desta quarta-feira (30), no Cemitério Paulicéia, em São Bernardo.

Em 1980, durante o regime militar, Lula estava preso no Departamento de Ordem Política e Social (Dops), por causa de seu envolvimento nas greves dos metalúrgicos, e foi autorizado para comparecer ao enterro da mãe, Eurídice Ferreira de Mello, a dona Lindu.

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