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há 4 anos

PF faz buscas em casa de blogueiro bolsonarista que foi preso em MS

De acordo com a Justiça, Oswaldo Eustáquio não cumpriu medidas cautelares impostas a ele, como não sair de Brasília sem avisar as autoridades e não postar nas redes sociais

A Polícia Federal fez buscas nesta terça-feira (17) na casa do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio em Brasília. O blogueiro foi preso em Ponta Porã, Mato Grosso do Sul no mês de junho por risco de fuga.

Conforme o G1, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão domiciliar de Eustáquio, com tornozeleira eletrônica.

A ação desta terça faz parte do inquérito que investiga a organização e o financiamento de atos antidemocráticos. Moraes é o relator do caso no STF. Os atos, com a participação de simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro, levaram pessoas às ruas em nome de reivindicações ilegais, como o fechamento do Congresso e do STF.

A decisão que determinou as buscas na casa de Eustáquio e a prisão domiciliar aponta que blogueiro descumpriu medidas cautelares impostas a ele no inquérito. Ele não pode viajar sem avisar a Justiça antes nem postar nas redes sociais, mas, segundo Moraes, desobedeceu as ordens.

Eustáquio foi alvo de prisão temporária no inquérito dos atos antidemocráticos quando estava em Ponta Porã (MS), e as autoridades entenderam que havia risco de fuga. Em julho, Moraes substituiu a prisão temporária pelas medidas cautelares.

Conforme o G1, ao determinar a prisão domiciliar, o ministro escreveu que Eustáquio tem descumprido "sistematicamente" as medidas cautelares, principalmente no que diz respeito a não viajar sem autorização e a não usar as redes sociais.

Moraes disse ainda que Eustáquio publicou "inúmeras" fake news na internet em que atribuía falsamente crimes ao candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (Psol).

O ministro citou que o blogueiro é alvo de investigações na Justiça Eleitoral de diversos estados por suspeitas de irregularidades cometidas entre setembro e novembro de 2020, quando as medidas cautelares já estavam em vigor.

"Como se vê, os fatos revelam-se gravíssimos. O investigado insiste em descumprir as medidas que lhe foram impostas, em verdadeira afronta ao órgão judiciário e à administração da Justiça", afirmou Moraes na decisão.

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