Investigadores que tiveram acesso ao vídeo da reunião ministerial, objeto de inquérito no STF, disseram à CNN Brasil que o conteúdo não tem nada de devastador contra o presidente Jair Bolsonaro. A informação surgiu na noite desta terça-feira (12).
Segundo publicou a emissora, os agentes teriam dito não haver nada que possa mudar o rumo das apurações até o momento.
"As gravações não têm nada de devastador! Apenas reações inflamadas acerca de fatos genéricos sem especificidades", disse uma alta fonte envolvida na investigação sobre o vídeo da reunião ministerial.
Ainda segundo a CNN Brasil, no vídeo, Bolsonaro cita perseguições à família no Rio de Janeiro, base eleitoral dele, e de dois de seus filhos, o vereador Carlos e o senador Flávio. O presidente, porém, garantiu em fala à tarde na rampa do Planalto que em nenhum momento citou no vídeo a Superintendência do Rio e nem a PF na reunião.
Na reunião, segundo apurou a CNN, há falas agressivas de ministros a autoridades. O ministro da Educação, Abraham Weintraunb, defendeu que ministros do STF vão para a cadeia e a ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, defendeu a prisão de prefeitos e governadores.
No entanto, o objeto do inquérito aberto é apurar somente uma suposta interferência do presidente na Polícia Federal, que foi trazido à tona pelo ex-ministro Sérgio Moro.