O delegado de polícia, Carlos Alberto Gomes Pereira Filho, pai do menino morto, engasgado com tampa de garrafa pet, em Macapá (AP), está profundamente abalado com a situação. Ele destacou que fez de tudo para salvar a vida do garoto, de dois anos, na sexta-feira (7).
‘’Foi uma tragédia. Não houve falta de cuidado, ele estava sendo monitorado’’, garante o policial sobre o filho, Arthur Gomes Benjamim.
O pai enviou uma carta à imprensa, se defendendo das críticas da família da mãe de Arthur. O delegado sequer foi ao velório, alegando ameaças de pessoas da família materna do menino.
‘‘... não desejo a nenhum pai ou mãe. Pergunto, quem é que vai imaginar que o filho vai morrer por ter uma garrafa pet de água mineral em casa? Em qual contexto isso é imaginável ou esperado?’’, questionou o pai no texto.
‘’Estou sendo diariamente chamado de assassino’’, completou o delegado.
Segundo a IstoÉ, Carlos Alberto diz que não viu o momento em que a criança teria engolido a tampa. Quando viu que o menino não estava se mexendo, ele o levou até a unidade de saúde mais próxima.
O policial lembra que na unidade de saúde, a equipe médica acionou o Samu, que levou 30 minutos para chegar. A tampinha foi retirada da garganta do menino, mas ele já não tinha mais sinais vitais.
“Quero me solidarizar com a família. Mas não se esqueçam que eu também sou a FAMÍLIA. Jamais gostaria que isso tivesse ocorrido. Eu era o maior interessado em ver meu filho bem. Mas não se esqueçam que sou um pai que assistiu o seu filho morrer’’, lamentou o delegado.
O caso é investigado pela Polícia Civil e o pai diz que colabora com a apuração.