Suspeito de desviar R$ 120 milhões de doações de fiéis à Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), padre Robson de Oliveira também é investigado por pagar servidores públicos com dinheiro da entidade para se livrar de informações constrangedoras sobre ele.
Conforme o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), ele teria usado o dinheiro desviado para pagar agentes da polícia para destruir arquivos. De acordo com o G1, a defesa do padre nega as acusações.
"Pelo que se infere dos autos, Robson supostamente se utilizou dos recursos financeiros dessas entidades religiosas para o pagamento de servidores públicos - agentes de polícia, para que destruíssem alguns arquivos contendo informações comprometedoras a seu respeito", consta no documento.
A defesa informou ainda que o padre Robson foi vítima de extorsão de dinheiro e que os criminosos já foram condenados e estão presos. “Todo o material da extorsão foi considerado falso pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás”, disse.
A Polícia Civil do Estado de Goiás confirmou que a atual gestão instaurou um procedimento na Corregedoria da Instituição para "apurar eventual transgressão disciplinar de policiais civis". A nota disse ainda que o procedimento é "sigiloso enquanto estiver em andamento, razão pela qual não serão prestadas maiores informações".
O documento não esclarece quais eram as "informações comprometedoras" a respeito do padre, no entanto, a defesa do religioso afirma que se refere ao caso da extorsão de R$ 2,9 milhões feitas por um hacker, que, segundo a decisão da Justiça, tinha um romance com o padre e ameaçava expor casos amorosos do sacerdote.