Padre Ernani Maia dos Reis foi acusado de assédio sexual contra oito monges, no mosteiro Santíssima Trindade, em Monte Sião (MG). Ele teria dito que uma das vítimas era gay e que ela precisava de ‘’pinto’’.
Conforme o UOL, Ernani era o líder do mosteiro e usava de sua autoridade para cometer os crimes. Segundo as denúncias, os crimes ocorreram entre 2011 e 2018 e eram consumados em ‘’sessões de psicanálise’’ oferecidas pelo religioso.
As vítimas eram homens com idades de 20 a 43 anos. O UOL ouviu duas vítimas, que disseram que o padre Ernani gostava de ser chamado de ‘’pai’’.
Conselhos
Uma vítima disse que pediu conselhos a Ernani sobre dúvidas em seguir a vocação religiosa ou constituir uma família. O padre teria dito ao monge que ele é gay e colocou a mão da vítima no pênis dele e dito: ‘’você tá precisando disso daqui, de pinto’’.
As vítimas disseram que a igreja não ofereceu nenhum psicológico. Questionada, a igreja admitiu saber dos casos, mas o padre só foi afastado quando pediu para deixar o mosteiro, em 2018. À época ele alegou ‘’cansaço’’ e ‘’crise vocacional’’.
Atualmente, o padre Ernani atua como psicanalista em Franca (SP). O Ministério Público de Minas Gerais abriu inquérito e já pediu que todas as vítimas prestem depoimento. O padre provavelmente será chamado para esclarecer o caso.
Em e-mail enviado ao UOL, a Igreja afirma que a instituição não se omitiu em relação às denúncias e “nunca negou qualquer fato cometido pelo padre.
Mais assédio
Outras 11 pessoas, sendo dez mulheres, denunciaram Ernani por assédio moral, como constrangimentos e agressões verbais.