O juiz Mário José Esbalquerio Júnior, da 1ª Vara de Execuções Penais de Campo Grande determinou que o empresário Jamil Name, 82 anos, siga no presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. O magistrado alegou uma trama para matar autoridades no MS.
A decisão foi inserida no processo nesta segunda-feira (22), mas assinada em 19 de junho, um dia após a deflagração da 3ª fase da Operação Omertà.
No dia 5 de junho, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, havia concedido liminar para a defesa de Name, por considerar o preso idoso e com problemas de saúde. Pela decisão do ministro, o empresário deveria voltar para o presídio estadual, no Jardim Noroeste.
No entanto, o juiz Esbalqueiro destacou que a decisão dele nada tem a ver com a liminar de Marco Auréio. Em sua justificativa, o juiz estadual destacou que a 3ª fase da Omertà sugere que a organização criminosa ainda está em funcionamento e apontou também para a periculosidade do grupo, que negocia armamentos pesados.
Outro argumento de Mário José é que o grupo ainda trama a morte do delegado do Garras, Fábio Peró e de promotores de Justiça e defensores públicos. O trabalho dessas autoridades teria deixado os chefes do grupo insatisfeitos.
Na decisão, o juiz sugeriu que, por questões de saúde, Name fique preso no Presídio Federal de Campo Grande, para que tenha proximidade com a família.