O retrato da violência doméstica vem atingindo os níveis mais brutais e selvagens da sociedade. Pais afogando e matando filhos para atingir a ex-mulher. Homens que não suportam a separação e tiram a vida de bebês e crianças, pelo simples desejo de vingança e sofrimento da mãe.
Em Campo Grande, a sociedade se chocou com o caso de Evaldo Christyan Dias Zenten, 21 anos, que confessou ter matado por afogamento o filho, Miguel Henrique dos Reis, 2 anos.
O desejo do assassino era fazer a mãe do filho – ex-mulher- sofrer.
(Evaldo Christyan e o filho morto- Foto: Arquivo Pessoal)
Outro caso
Um caso parecido foi registrado no domingo passado (15), no Estado do Amapá, onde a cozinheira Maria de Jesus Ferreira, 25 anos, perdeu a filha de 1 ano, após terminar o relacionamento.
O ex-namorado, identificado como Messias Machado Barbosa, de 29 anos, não aceitava o fim do namoro. Ele sequestrou a criança após agredir a mãe na rua.
(Thayla Cristina- Foto: Arquivo Pessoal)
A menina, Thayla Cristina Ferreira, havia acabado de completar um ano, quando foi jogada como qualquer objeto no lago da cidade.
O corpo da bebê foi achado na segunda-feira. Preso, o criminoso confessou o assassinato e disse que queria se vingar da mãe.
Violência sem fim
Esse tipo de comportamento é chocante e demonstra cada vez mais sobre, como a violência contra a mulher afeta a família de uma maneira geral e sem compaixão pelo agressor.
Segundo a Subsecretaria da Mulher de Campo Grande, são registrados cerca de 600 casos de violência doméstica por dia. Em 2017, uma pesquisa com 405.464 mulheres vítimas, apontou que 64% das entrevistadas sofreram algum tipo de violência. E 6% das agressões foram devido ao pedido de separação.
A falta de humanidade e sentimento pela vida alheia se sobressai ao desejo de vingança e posse sobre as vítimas, e isso é demonstrado pelas estatísticas.