Com câncer na laringe avançado, Cleide Oliveira Moreira, 57 anos, vomita sangue enquanto espera uma vaga para cirurgia no HBDF (Hospital de Base do Distrito Federal), na Capital Federal.
Ela está internada há uma semana, na terceira tentativa de conseguir o procedimento, segundo informações do Metrópoles. O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF, que administra o hospital público, diz para a família que faltam leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
“Se ela ficar acordada, ela vomita sem parar. Pararam de dar comida, porque ela estava muito mal. Eu não aguento ver minha mãe sofrendo desse jeito. Passou a noite de ontem toda vomitando, vomitava sangue”, diz a filha Eliane Oliveira, 45 anos.
De acordo com a filha, ao jornal Metrópoles, a cirurgia estava prevista para ocorrer na última terça-feira (7), mas foi adiada. Remarcado para essa quinta-feira (9), o procedimento foi novamente cancelado.
“Ela fez aniversário ontem, dentro do hospital. Estava toda feliz porque ia fazer a cirurgia”, revela. “Não vem um médico visitá-la, saber como ela está”, desabafa Eliane.
“Ela está esperando desde abril, quando o médico pediu urgência. Mas marcam, remarcam e nunca fazem a cirurgia”, alerta Eliane. “Minha mãe não come pela boca, usa sonda. Pela boca não passa. Ela está muito mal e perdendo peso”, detalha a filha, desesperada.
O Instituto de Gestão diz que “o agendamento de cirurgias é de competência da SES (Secretaria de Estado de Saúde), responsável pela regulação” e o governo não respondeu à reportagem local.